terça-feira, 27 de abril de 2010

NO MEIO DAS PALAVRAS

Quando, nos lábios, começa um continente,
suspenso no apelo líquido dos beijos,
há um barco que cresce nos meus olhos
e, entre búzios verdes, escrevo água.

Nunca a brisa se demora entre as dunas,
onde os barcos navegam sobre a espuma.

Tudo é secreto, se maio se repete
nas marcas da pureza recusada.

Um rosto ou um rio me fascinam,
quando a raiva e o sossego
me revelam a nascente e,
no meio das palavras,
procuro apenas um gesto
ou uma sombra.

Luciana Abait

4 comentários:

Penélope disse...

Bom dia, amigo.
Fiquei dias sem vir aqui, mas já estou de volta!
No meio das palavras tantas outras palavras... aquelas que se escrevem com o coração.
Muito bonito poema.
Beijinhos

Carmela disse...

LINDO!!

BJUS

LOURO disse...

Olá Eduardo!

Linda postagem...fotos e poema são
um espectacúlo!!!
Que o sussuro do vento,
te acompanhe no caminho
com a sua musica...

Abraço
Lourenço

Uma aprendiz disse...

P E R F E I T O.


beijo