sábado, 25 de junho de 2011

ANTES DE IR


Antes de ir...Beije-me!
Quero levar comigo teu gosto
E sentir tua presença onde eu for
Antes de ir...
Diga que me ama!
Quero saber o quanto de mim
Ficou em você
Antes de ir...
Olhe em meus olhos!
Quero que saibas
Que onde eu estiver...
Você estará
Porque vives dentro de mim.



DESIREÉ


segunda-feira, 20 de junho de 2011

O tempo se esfumaça
na janela em que se espreita a vida.
O alaranjado entardecer traz nostalgia
como se a vida também desaparecesse
com o sol ao final de cada dia.
Não se vive uma história sem amor
Não se faz um caminho sem coragem
Não se passa os dias em branco.
Há em cada dia uma chegada e uma partida,
coisas que estão além do bem e além do mal.
Cada dia tem sua dose de ironia e de amor
sua dose de rotina e sua dose de humor,
mas quando chega ao final morrem com ele
tudo que se passou, morremos nós.
Ficam as lembranças do que marcou,
o resto fica num labirinto de imagens,
engavetados na memória, sem uso...
Cada dia amanhece e anoitece à mesma hora,
cada um com seu destino ou desatino,
entre um e outro há o tempo que não volta.
O tempo parece brincar entre acasos e ocasos,
dias compridos, coisas novas e coisas velhas.
Depois desarruma tudo e vai embora...

Sônia Schmorantz

terça-feira, 7 de junho de 2011

ÉS MINHA MUSA

A chama que aquece meus versos,

o sorriso de minha poesia,
o calor de meus poemas...

És a inspiração que dormia,
a realidade de meus sonhos,
os sonhos de minha mocidade.

E vou descalço pelo caminho,
sentindo o cheiro da terra molhada
com a lembrança tu, minha amada!
E uns versos cantando sem pensar em mais nada...

Quando sentires o perfume do campo,
entrando pela sua janela,
será minha canção mais bela
sonhando com sua chegada...

Mando Mago Poeta


quinta-feira, 2 de junho de 2011

SINGULARIDADES

Não deixei de amar. Nunca deixo.

Muito pelo contrário: aprendi a amar
todas as coisas bobas que desabrocham
no meio do caminho.

Coisas que ficam, fazem poesias,
pregam surpresas nos dias e que nunca,
nunca vão embora.

Essas singularidades desmedidas
que acreditam que mesmo assim pequenina,
a dor também vem para colaborar com a permanência
de outras, também coisas.

Porque as minhas mãos não conseguem tocar o mundo sozinhas
quando os olhos (que ainda são os mesmos) mudam as lentes
e preparam novos horizontes, novos mares e voos...

Sou do tempo do: navegar é mais do que preciso apesar da escassez
das ondas e dos eventuais bons pensamentos que esquecemos de soprar.

Priscila Rôde