quarta-feira, 28 de maio de 2008

Os meus olhos


Os meus olhos pousam nos teus
espantados de tanto amar
como as gaivotas pousam no poema
cansadas de tanto mar.


Neste Inverno cansado de sol
o tempo de chegares é um tempo inteiro
tempo de perfumes de maçã
cabelos de flores
cântico perene de renovação.


Entras com a mesma suavidade com que falas
sorriso leve de pétalas
larga limpidez no olhar
e despes tranquila o agasalho.


Com os medos enterrados te acolho
os meus e os teus
e no espaço dos meus braços
inteira te entregas
florindo as margens do rio
onde descanso os meus cansaços.


efeneto*

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