sexta-feira, 31 de outubro de 2008

amanheceres perfeitos...


Deixa-me sonhar contigo
amanheceres perfeitos...
luz de primavera que renova
todo o seu esplendor
todo o seu aroma e cor
tudo que de afrodisíaco
inflama o corpo e o
imediato desejo de te possuir...

http://latitudes.blogs.sapo.pt/

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

És o meu mar



És o meu mar
a tudo eu chamo
e no meu delírio
és o meu sol
e eu engendro
nas fantasias
como tocar-te
maré em flor
vaga gigante
que ao quebrar
sinto o ardor
algo gritante
que faz ecoar
hinos de amor

poema e fotos: poetaeusou

Venham ver o mar



Venham ver o mar
derramando anseios
vagas deslumbrantes
espalhando fervores,
venham ver o mar
murmúrios gritados
despejando enleios
em desvairados sons,
venham ver o mar
devaneios desnudos
implorando amores
em mim, naufragados,

poema-fotos.video:poetaeusou

Silêncios


Distraída vou respirando silêncios
Silêncios que nada falam
Silêncios que pouco dizem
Silêncios que muito calam
Silêncios que se traduzem
Em ecos inaudíveis
Irreconhecíveis quando surgem
Carregados de vazio
Silêncios em que o frio que produzem
Finjo não perceber
Mas que parece vir de uma aragem
Ou de qualquer outra viragem
Que não me apetece entender


Orvalhado por Perla
http://www.perlustrar.blogspot.com/

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Romantismo


Quem tivesse um amor, nesta noite de lua,
para pensar um belo pensamento
e pousá-lo no vento!

Quem tivesse um amor - longe, certo e impossível -
para se ver chorando,
e gostar de chorar, e adormecer de lágrimas e luar!

Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas,
partisse por nuvens, dormente e acordado,
levitando apenas, pelo amor levado...

Quem tivesse um amor, sem dúvida e sem mácula,
sem antes nem depois: verdade e alegoria...
Ah! quem tivesse... (Mas, quem teve? quem teria?)


Cecília Meireles, in 'Mar Absoluto e Outros Poemas'

As frases que li.


Um poema solto, entregue ao vento.
Mágico o sentir entregue as palavras,
devorando sentimentos, um retrato dentro de um livro.
Um olhar... Um doce olhar.As frases que li.
Palavras, imensas palavras trazem o sentir sem nome.
Pranto abraça-me nesta noite de sonhos.
Entregas as palavras juntamente com o amor?
Ou fechas as portas da alma e do amor?
Imensas frases adormecem no teu profundo olhar,
fazendo-o brilhar como as estrelas numa noite luar.
Quem sou para ti?
Quem sou para mim?
Respostas procuro no teu mais simples gesto.
Não feches as frases, solta-as. Não feches a vida, abre-a.

http://jamour.blogs.sapo.pt/2005/02/

Ofereço-te as minhas noites...


Entardeceu a realidade, encontro-me na indescritível
doçura do teu beijo e apaziguo
o sorriso no crepúsculo das tuas mãos,
quando tocam as minhas.
No lusco-fusco da Paixão,
ofereço-te a paz do meu anoitecer na forma dos meus sonhos.
Afundo os meus olhos nos teus,
abro as asas da loucura e
perco-me de mim dentro da tua essência.
É nos braços do desejo, que nas frias noites de Inverno,
sonho contigo, lembrando o calor do teu corpo no meu,
nas quentes madrugadas daquele Verão.
Ao relento de ti, tapo-me com doces reflexos de luar,
fecho nas mãos as lembranças que me escreveste na alma.
Ofereço-te a minha noite na forma dos meus sonhos,
que também são os teus.
Arrepio-me no prazer do pensamento,
vejo-te sorrindo no nosso céu,
com a cumplicidade da lua cheia por companhia.
O silêncio do encanto recatado desperta a saudade,
que em cada noite de distância me leva ao teu encontro,
quando do outro lado da vida,
bebemos confissões e brindamos à magia dos cheiros,
dos sabores e dos momentos.
Em cada pôr-do-sol, é no horizonte dos meus
sonhos que te amo por toda a noite.
Na manhã que dissipa sonho, é a ausência de ti,
que beijo ao acordar.
Ofereço-te as minhas noites abraçada à saudade,
faço em mim a ponte do Amor,
entre a luz e o tempo que nos separa…

http://umvazio.blogspot.com/2008_02_01_archive.html


Nem o tempo tem tempo
Para sondar as trevas
Deste rio correndo
Entre a pele e a pele
Nem o Tempo tem tempo
Nem as trevas dão tréguas
Não descubro o segredo
Que o teu corpo segrega.

- David Mourão Ferreira -

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Nocturno


O desenho redondo do teu seio
Tornava-te mais cálida, mais nua
Quando eu pensava nele...Imaginei-o,
À beira-mar, de noite, havendo lua...

Talvez a espuma, vindo, conseguisse
Ornar-te o busto de uma renda leve
E a lua, ao ver-te nua, descobrisse,
Em ti, a branca irmã que nunca teve...

Pelo que no teu colo há de suspenso,
Te supunham as ondas uma delas...
Todo o teu corpo, iluminado, tenso,
Era um convite lúcido às estrelas....

Imaginei-te assim à beira-mar,
Só porque o nosso quarto era tão estreito...
- E, sonolento, deixo-me afogar
No desenho redondo do teu peito...

David Mourão-Ferreira

Ate amanha...


Nao fales....
amanha eu volto
Eu vi o teu sorriso nas estrelas,
palavras foram em vao toma
esta vida que tenho.Beija,
vais provar a minha dor
Nao fales
Eu fico na mare vazia
ate amanha
Estas foram as palavras de um anjo

http://jamour.blogs.sapo.pt/

segunda-feira, 27 de outubro de 2008



Quando as palavras não surgem…
ou é porque cristalizamos de emoção
ou porque aí queremos ficar
a contemplar e a saborear
o silêncio que inunda a muda
voz que ainda assim não cala
a tua madrugada
quando as garças se ausentam
para voos mais distantes

FICO!…

cismando para onde me levará
o teu anseio?

http://latitudes.blogs.sapo.pt/

Silêncio


O silêncio plana
Em fresca brisa
E embala suavemente
Vocábulos por desenhar

Em baixo vôo noturno
Chove como melodia
Duma leveza dormente
Depondo ataraxia
De nardo em alabastro
Essência a flutuar

Fumo de aromas solene
Sopro de mãos feiticeiras
Anestesia da alma
Pérola de sonho e luar

Silêncio...
Arranco do teu piano
As notas para eu tocar

http://perlustrar.blogspot.com/2008_07_01_archive.html

domingo, 26 de outubro de 2008

Desenho-te


Rabisco-te em folhas de papel
Desenho-te em tranças e laços de cordel
Sonho-te as formas
Contorno-te as normas
Revisto-te de imagens
Pinto-te de paisagens
Reproduzo-te em cores
Esqueço-te as dores
Cristalizo-te os momentos
Apago-te os lamentos
Limo-te as arestas
Circundo-te de festas
Vida...
Feita poema


Orvalhado por Perla

MAIS NINGUÉM


Mais ninguém te vai amar…
Como eu te amo.

Caminho sem olhar para trás,
Na minha face correm lágrimas de maresia,
E o meu coração pinga sangue salgado de saudades,
Neste momento de partida para o tempo que nos separa.

Vem á memória o dia que te conheci,
Quando mergulhei no teu olhar de mar,
A minha alma se abria na pronuncia do teu nome,
Os meus lábios secavam de desejo dos teus.

Caminho sem olhar para trás,
Os sonhos voltam a marcar os meus passos,
Na distancia que falta percorrer para chegar ao mar,
Só o oceano de águas azuis da Praia Mole,
Pode preencher a tua falta ao meu lado.

Outra despedida com vontade de voltar de novo,
A coberto de uma ventania de palavras num abraço único,
O sol quente testemunha do amor de dois amantes,
E o mar calmo poço dos nossos segredos.

Mais ninguém te vai amar…
Como eu te amo.


osaldanossapele.blogs.sapo.

O MAR ADORMECEU


Cheguei á praia e o mar chorava tristemente,
Notei os seus gemidos aquando se deitava na areia,
Sentei-me, e deitei-o sobre o meu peito,
Como não estavas dei-lhe dos meus beijos,
Ao som de uma canção da lua, adormeceu.

Ficámos ali na Praia da Leirosa,
Adormecidos nos braços da areia fina e quente,
Embalados na passagem do vento suave,
Que nos deixa um perfume a rosa amarela,
Odore que ficou da tua presença aqui,
E que voltará com a chegada da primavera,
Assim como o teu regresso aos meus braços.

Enquanto olho o mar adormecido,
E com a tua lembrança que vive em mim
São as tuas saudades como sombra, fantasma,
Que me acompanham lado a lado na vida,
Aumentando, cada vez mais, o meu amor por ti.

E quando de repente uma gaivota aparece,
E pergunta o que faço ali jazido junto ao molhe,
Olho o horizonte na procura do teu sorriso,
Digo-lhe do nosso amor impossível,
Do nosso amor eterno que o mar conhece,
Deste romance de areia, pura lenda.

osaldanossapele.blogs.sapo

sábado, 25 de outubro de 2008

Preciso de aprender a voar…


Preciso de aprender a voar…
A tocar de novo o céu!
Mas, não consigo esquecer os teus braços
Que foram as minhas asas…
Como fazer, para voltar a conseguir tocar o Sol?
Eu sei, tenho de arriscar…
…Arriscar a lançar-me sobre o infinito…
…E aprender a voar…
Mas, o medo não me deixa!
Preciso de acreditar…
Que mesmo sem as tuas asas, serei capaz de voar…
E se não conseguir?
E se voltar a cair?
Quem estará lá, para me ajudar a levantar?
Tenho tanto medo!
…E tu, não estás lá para me segurar…


(Lúcia Machado)

Meu Desejo...


O teu olhar é profundo
A tua respiração é doce
O teu calor é magnético
O teu toque é divino
O teu sorriso é o céu
O teu perfume é maravilhoso
A tua voz é melodia
Quando te aproximas é maravilhoso
O teu prazer é o meu desejo
Meu desejo é o teu ser.
Desejo profundo, tão doce e magnético,
Como um céu de delícias divinas,
Na maravilhosa melodia de querer a luz do prazer
Pelo desejo do teu ser.
Esta é a nossa história!
Tu e eu, a olhar e sorrindo com desejo,
com prazer!

http://sandrarefugio.blogspot.com/

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Solidão.


Nada escrevo, nada digo,
Não pronuncio um único som
Triste, solitário, vindo da minha alma,
Da calma vazia da Solidão.
Não me tenta a Escuridão,
Mas não anseio pelo tom
De uma eterna Primavera.
Sou apenas uma Quimera,
Que procura no silêncio do olhar
A essência da vida.
Sem retorno, irei de ida,
Mergulharei no teu mar
Apenas para te amar,
E sentir em meu corpo a doce sensação
De ser livre, de sentir
Toda a emoção em mim contida.
Sou apenas uma Quimera
Que anseia em viver.

polen.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_01.html

Sinto a tua presença


Sinto a tua presença na leve aragem que amacia esta areia.
Vem meu amor senta-te aqui ao meu lado,
Olha comigo esta noite, as estrelas, e o mar,
Abraça-me num encaixe perfeito, e abre a tua alma,
Lembra o nosso amor em dias iguais a este,
Tanto que caminhamos de mãos dadas,
Com os meus e os teus sentimentos,
De frases carregadas de promessas de amor eterno.
Que importa que o mar conte ás gaivotas,
Dos beijos que lhe deixas para mim,
Confesso o quanto te amo…
Os teus olhos que brilham nesta noite que é nossa,
Somente nos resta este tempo no tempo que resta,
Que por amor tanto tempo temos vivido.

Judá Bem-hur

Amanhecer


Hoje o dia amanheceu mais florido,
porque mais amor tenho por você.
Hoje amanheci mais feliz,
porque sei que estarás
constantemente ao meu lado.
Hoje amanheci te querendo
mais do que a própria vida.
Amo e farei tudo
o que tu quiseres
para estar
sempre e eternamente
ao teu lado.

Amália de Alarcão Ribeiro Martins

PUDERA EU SER


Pudera eu ser mar, poderoso e forte
Que nada teme, na sua vastidão imensa!
Pudera eu ser pedra que não ri nem pensa
Pudera eu ser vento, ser o vento norte!

Pudera eu ser trovão, com o seu poderio
Ser luz, ser sol, que ilumina a alma!
Uma alta montanha, um imenso rio
Trazer no seu leito, o amor, a calma…

Pudera eu ser mundo, enorme, imenso…
Tufão, poderoso, que arrasa, intenso!
Ser água que lava, o ódio, a miséria…

Ser fogo que aquece, a alma, o coração
Ser luz que ilumina, o amor, a paixão
Ser por fim…juiz, com justiça…séria!


Mário Margaride

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Seduzir-te


Quero seduzir-te
com as palavras que te digo
os gestos que te invento
os sons que te sussurro
o corpo que te desnudo

provoco-te nas palavras
nos gestos proibidos
na expressão de prazer
que vês no meu olhar

no meu corpo nu
desenho sensações
entrego-me a carícias
acendo o teu desejo

http://corposalmas.blogs.sapo.pt/

Sinto o vento do mar soprar em meu rosto
Fecho os olhos para senti-lo tocar minha pele.
Seria este vento invisível a mão de Deus?
Acho que sim...
Todas as grandes mudanças na minha vida
Foram precedidas por um vento vindo não sei de onde,
Como quem sopra as velas de um barco
Que precisa ir mais longe...
Seria o vento o destino?
Levando este barco para novos lugares?
Talvez eu seja o próprio vento,
Porque nem todos vêem o vento
Assim como não vêem a mim,
Mas me alcançam pelas palavras,
nesta busca infinita
De mim mesma...
Talvez o vento venha para juntar meus retalhos,
Para depois contar histórias de vida,
De vidas tantas que suavizam o cansaço, e
Que me protegem feito manta colorida,
Embalando sempre meus sonhos.

Sônia Schmorantz

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Miragem


Voei nas asas do sonho,
Dormi na razão do incerto,
Acreditei num mundo risonho,
Sorri ao amor no deserto.

Vi flores no mar com incenso,
Pétalas no céu a voar
E nesse perfume intenso
Conjugava-se o verbo "AMAR".

Multipliquei o perfume,
Adocei-o com sentimento,
Acordei com o azedume
Do mais profundo desalento.

Meu sonho era irreal,
Miragem de um momento,
AMOR pra todos em igual
Só mesmo em pensamento!

Ana Martins

AMAR



"Ama- se pelo cheiro,
pelo mistério,
pela paz que o outro lhe dá,
ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz,
pela maneira que os olhos piscam,
pela fragilidade que se
revela quando menos se espera."

Arnaldo Jabor

terça-feira, 21 de outubro de 2008

TU


Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.

Pablo Neruda

Bela d' Amor


Pois essa luz cintilante
Que brilha no teu semblante
Donde lhe vem o 'splendor?
Não sentes no peito a chama
Que aos meus suspiros se inflama
E toda reluz de amor?
.
Pois a celeste fragância
Que te sentes exalar,
Pois, dize, a ingênua elegância
Com que te vês ondular
Como se baloiça a flor
Na Primavera em verdor,
Dize, dize: a natureza
Pode dar tal gentileza?
Quem ta deu senão amor?
.
Vê-te a esse espelho, querida,
i!, vê-te por tua vida,
E diz se há no céu estrela,
Diz-me se há no prado flor
Que Deus fizesse tão bela
Como te faz meu amor.

Almeida Garret

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Eu Sei Amor


Eu sei amor
Que as palavras
Leva-as o vento,
O que fica
São os actos, o sentimento.

Eu sei amor
Que as palavras
Adormecem no tempo,
Mas a nossa história não finda
Nas memórias de cada momento.

Eu sei amor
Que com palavras
Já não te surpreendo,
O que te faz levitar
É o amor com que em ti me prendo.

E eu sei amor
Que sem palavras
Doces e quentes,
Os carinhos que em ti semeio
São searas em semente,
Testemunhos dos meus anseios.

Ana Martins

domingo, 19 de outubro de 2008

Entre nós


Do teu sorriso faço estrelas
No espaço entre nossos olhos.

Das estrelas fazemos um beijo
Entre o espaço de nossos lábios.

Dos teus beijos faço um afago
Entre o espaço de nossos toques.

Dos afagos fazemos amor
No espaço entre nossos corpos.

Geraldo Crivelatti=

Janelas Abertas


Sim...
Eu poderia fugir, meu amor
Eu poderia partir
Sem dizer pra onde vou
Nem se devo voltar

Sim...
Eu poderia morrer de dor
Eu poderia morrer
E me serenizar

Ah...
Eu poderia ficar sempre assim
Como uma casa sombria
Uma casa vazia
Sem luz nem calor

Mas...
Quero as janelas abrir
Para que o sol possa vir
iluminar nosso amor...

Autor: Tom Jobim e Vinicius de Moraes

AMOR


Um dia quando a ternura
for a única regra da manhã,
acordarei entre os teus braços,
a tua pele será talvez
demasiado bela
e a luz compreenderá
a impossível compreensão do amor.
Um dia quando a chuva secar na memória.
quando o inverno for tão distante,
quando o frio responder devagar
com a voz arrastada de um velho,
estarei contigo e cantarão pássaros
no parapeito de nossa janela,
sim, cantarão pássaros, haverá flores,
mas nada disso será culpa minha,
porque eu acordarei nos teus braços
e não direi nenhuma palavra,
nem o princípio de uma palavra,
para não estragar
a perfeição da felicidade.

José Luis Peixoto

sábado, 18 de outubro de 2008

Amor, Amar


Amar é respeitar,
É confiar, é saber aceitar até mesmo o que não se gosta,
É valorizar, é criticar,
Sim...
Também se chora por amar,
Também se sofre por amor...
É “dar o sangue”
È dar, sem que o objetivo disso seja o “receber”...
É deixar quem se ama te amar da maneira que se pode,
E não da que se quer,
Sem se cobrar como e com quê intensidade...
É sentir a alma
É absorver o espírito,
É sentir a falta,
Mas nunca, nunca, morrer pela falta...
Porque o amor, acima de qualquer coisa,
È vida.

Daniel Marchesi de Camargo Neves

AH! ESSE AMOR...



...ah! esse corpo indócil
que se esgueira em sonhos
e murmura um canto
tão pleno de encanto
que ninguém conhece...

...ah! Esse olhar que grita
e se denuncia
pois não há mais jeito
de afogar no peito
essa fantasia...

...ah! Essa boca quente
a queimar em febre
e sentir a fome
e chamar teu nome
sem adormecer...

...ah! Essa voz que pede
em palavras mudas
um abraço forte
pra livrar da morte
esse amor tamanho!

http://emmimumsonhoazul.blogspot.com/

OH MAR MEU LINDO MAR!...


Oh mar de águas salgadas
Quão imenso é o teu furor,
Nas vidas por ti já sugadas
Há órfãos de pais e amor!

Enternecida a olhar-te oh mar,
Sinto paz nas ondas serenas,
Mas nesse teu marejar
Há lágrimas nas profundezas!

Ainda assim, oh mar meu lindo mar,
Tua dança de borbulhar tão fresca,
Traz nela o dom de inspirar
A mais modesta alma poética!

Ana Martins

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O TEU SILÊNCIO NO BARULHO DO MAR


Andei para te falar do meu amor por ti,
Dos sonhos mágicos aqui na Praia da Leirosa,
Do sabor dos teus lábios nos beijos à luz da lua,
Nos abraços nesta praia onde nunca estiveste,
Sentado aqui, pergunto a quem passa pelos teus paços,
Falam do teu silêncio e do barulho do mar,
As saudades bloqueiam o meu cérebro.


Sinto a tua presença na leve aragem que amacia esta areia.
Vem meu amor senta-te aqui ao meu lado,
Olha comigo esta noite, as estrelas, e o mar,
Abraça-me num encaixe perfeito, e abre a tua alma,
Lembra o nosso amor em dias iguais a este,
Tanto que caminhámos de mãos dadas,
Com os meus e os teus sentimentos,
De frases carregadas de promessas de amor eterno.

Que importa que o mar conte ás gaivotas,
Dos beijos que lhe deixas para mim,
Confesso o quanto te amo…
Os teus olhos que brilham nesta noite que é nossa,
Somente nos resta este tempo no tempo que resta,
Que por amor tanto tempo temos vivido.

o sal da nossa pele

REALIDADE


Hoje quero dizer-te um segredo,
Vou deixar de escrever para ti o que me vai na alma,
Não vou mais falar da nossa história,
Para mim acabou os relatos emocionais dos beijos que não damos.

Vou escrever apenas os nossos momentos inesquecíveis,
As noites de luar em que te perdias nos meus braços,
O teu olhar nos passeios à chuva na Praia da Leirosa,
As palavras de amor que me dizias baixinho,
Entrelaçando os teus dedos nos meus.

Aqui deixarei pensamentos da nossa verdade,
Dos encontros felizes que não temos,
Do quanto significas para mim.

Nunca julguei amar alguém a este ponto,
Por isso vivo para o momento de te ver que não acontecerá,
Que me desfaz a alma nas saudades dos teus beijos,
Que me provoca esta tentação de me expor a ti,
Digo-te numa ultima palavra...
Exactamente o quanto te amo…

o sal da nossa pele

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

NAS ASAS DO AMOR


Hoje quero voar bem alto
ir de encontro aos Anjos
falar pra eles do meu amor
por você.
Quero voar ate as estrelas
e contar à elas como você é.
Falar de sua alma linda
dos seus olhos ternos e meigos
Falar do seu coração,e das
coisas que você diz pra mim.
Quero voar ate a lua
e contar à ela, como você
me namora, como me beija e seduz.
Falar dos nossos anseios, dos nossos
sonhos e dos nossos planos de amor.
Quero voar ate o sol e contar a ele
o quanto você ilumina a minh'alma
a minha vida....
E quando eu chegar ate o infinito
quero voar devagarinho,e dizer á
Deus:
Obrigado Senhor! por ter dado
esse anjo para mim,
Você...meu amor!

ARNEYDE T. MARCHESCHI

AMOR


Lindo é saber...
Que estrelas estão sempre lá
quando nuvens escorrem nas retinas
Dividir o pão,
quando é só pedaço
Tirar suco da fruta,
já bagaço
Dormir com a barriga roncando
a fome de amor
sabendo que a cura está no beijo
Ouvir a melodia
e a letra florecer na garganta
Amar descaradamente
esperando de janela aberta
que o céu devolva
o que já foi santo!
Saber que o tempo passa
mas sempre fotografa e guarda
a doce alegria de ficar pra sempre!

Socorro Moreira

terça-feira, 14 de outubro de 2008


E essa sua boca
De mel
Que me beija
Cruel
E vai embora
Boca que encontra
Os meus lábios
E me leva ao céu
Boca que deixa
Na minha boca
Marcas profundas
De sabor
De amor
Boca que me morde
Entorpece-me
Invade-me com gosto
E me transfere
Segredos
Sua boca... Minha boca
Seus beijos... Que são
Meus beijos agora
Mas que beijam
E vão embora
Escorrendo
Pelos meus lábios
Como um mel...

Renato Baptista

Lindo é saber...
Que estrelas estão sempre lá
quando nuvens escorrem nas retinas
Dividir o pão,
quando é só pedaço
Tirar suco da fruta,
já bagaço
Dormir com a barriga roncando
a fome de amor
sabendo que a cura está no beijo
Ouvir a melodia
e a letra florecer na garganta
Amar descaradamente
esperando de janela aberta
que o céu devolva
o que já foi santo!
Saber que o tempo passa
mas sempre fotografa e guarda
a doce alegria de ficar pra sempre!

Socorro Moreira

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Anseios


O sol penetrou pelas frestas da janela,
invadiu o meu quarto,
vasculhou a minha cama,
tentando me acordar.

A claridade me incomodava,
não abri os olhos,
eu queria mais tempo para sonhar!

A vida lá fora me chamando,
e eu aqui, na minha solidão
te desejando,
ansioso por te amar.

E tu onde estás?
Distante de mim,
e ao mesmo tempo aqui tão perto
a me provocar...

Mônica Amélia

MEU AMOR


Se eu pudesse enrouquecer-me
para que os meus gritos não te soassem a lamentos
aflitos e a medos do longe de ti
guardaria todos os soluços nas paredes do vento
e cobrir-te-ia apenas de sorrisos
e dos pedaços de vida que em ti vivi
Se eu pudesse saber-me na concha dos teus braços
sempre que os teus passos te querem trazer a mim
vestiria de sonhos o meu regaço
e de veludo as minhas mãos sem graça
para que sentisses na pele a seda
que teceria concerteza ao sorver dos teus lábios a saliva
que me saciaria de ti
Mas não posso, meu amor, nem sei
mais que amar-te para além do que é verdade
mais que deixar na tua boca o eco da saudade...
E dar-te-me como eu me dou!

Cris (Do silêncio e da pele)

domingo, 12 de outubro de 2008

Pintor


Se eu fosse pintor
Pintava-te nua
Com minhas mãos trémulas
Misturava as cores em pinceladas desiguais
Perdia-me tacteando
Nas curvas redondas de teus seios
Entre a linha do horizonte e o por do sol.

Mas porque não sou pintor nem tenho jeito
Quero que me perdoes se te usei, no pensamento
Ou ousei desnudar-te, e ver-te assim exposta entre o sol e o horizonte
E profanado as curvas de teus seios
Neste fim de tarde do Outono que termina.

O meu amor por ti ou a ausência do teu por mim
São algo que não se confessa mas se sente
Sei que te usei, modelo em nu artístico
Porque sonho contigo
Sei que és a desculpa do meu sonho instituído
Por isso, se fosse pintor
Pintava-te nua de cabelos ao vento…

Poema de Lobo do Mar

Arco-íris


O sol, dia após dia, não queimava
o meu corpo soturno e sombrio.
E eu ambicionando um mar de lava
que me abrasasse o coração vazio...

A cada noite a lua minguava,
no meu quarto, crescente só o frio.
E eu ansiando a luz que fosse escrava
dum farol que orientasse o meu navio...

Foi então que te vi, de sete cores,
avivando o meu céu, serena e nua,
num arco que apagou todas as dores.

Encheste de clarões a minha rua,
cobriste a minha cama de mil flores,
tornaste-te meu sol e minha lua.


(Poema do Fernando-Cidadão do Mundo)

sábado, 11 de outubro de 2008

Próxima vez


Da próxima vez,
Vou apostar na tua loucura,
Deitar por terra toda essa ternura,
Soltar-te as asas para não te esquecer.

Da próxima vez,
Vou libertar-te da minha verdade,
Vou dar-te força para tanta vaidade,
Olhar-te sempre sem nunca te ver.

Da próxima vez,
Vou desafiar a minha coragem,
Tirar paragens da nossa viagem,
Contar-te tudo o que quiseres saber.

Da próxima vez,
Vou sentir-te a cada segundo,
Deixar-te crer que vais mudar o mundo,
Mostrar-te o lado doce do meu ser.

(Poema do GNM)

O corpo do poema...


Vamos fazer um poema
suave
como a doçura da pele
ao toque.
Deixa soltarem-se as frases
leves
quais beijos à flor do corpo
quente.
Palavras ganhando ritmo
em mim
rimas que rolam loucas
por ti.
O poema a surgir completo
em nós.
Na busca do final perfeito
o grito,
sentir enfim pleno o corpo
do poema.

(Poema da Água Quente)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

... poema de amor...


Anda…
Segue-me
Persegue-me
Envolve-me
Com um lenço de seda
Projectado pela retina inflamada do desejo
Anda…
Olha para o que não tocas
Anda…
Passo a passo a meu lado
Contorce-te ao som dos meus gemidos
Numa noite gélida, sobre o céu azul-escuro
Anda…
Ama-me
Anda…
Olha-me nos olhos
Anda…
Beija-me os lábios pintados de rubro inflamado
Anda…
Amassa-me em cornucópias de abraços apertados
Anda…
Cola-me ao teu corpo suado
Anda…
Tira-me o folgo
Anda…
Num labirinto feito de seda,
Deslizar, trocar o olhar, que nos ilude.
Num labirinto feito de seda,
Dispo-me
Esfrego-me
Confundindo-te com a seda.
Alimento a alma sequiosa do limiar que nos separa
A retina perdida,
Numa conjunção de traços dispersos sobre a pele desfeita
Num labirinto feito de seda,
Danço para ti
Num labirinto feito de seda,
Vergo-me a ti
Num labirinto feito de seda,
A eternidade do meu amor
Rodopia em círculos invisíveis
Até te alcançar.
Anda…
Dá-me a mão
Fecha os olhos
Anda…
O labirinto feito de seda chama por nós
Anda…
Dá-me os lábios para saborear
As mãos para que elas toquem no fundo da minha alma
No fundo do poço…
Aquele poço em que te queres perder
Ele não tem fim
É um cair eterno dentro de mim
Anda…
O labirinto não tem fim, nem principio
Ele é feito dos nossos corpos nus…
O labirinto chama por nós

Anda…

(Poema da Nadir in Unus Mundus)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

ao cabo do tempo


A barca já não tem porto
e os dias não consolam as noites
do pescador.
O tempo esqueceu-lhe as arribas,
as praias, os ventos
e também roubou o bailado às marés.
Dos rumos nunca achou sentido:
era preciso ir além de mais além descobrir.
Por isso cuidou que navegar
queria dizer para sempre.
Fez das velas o tecido dos sonhos,
mas porque viajou demais,
tornou-se estrangeiro de si mesmo.

(Poema e fotografia de Tinta Permanente- Folhas da Gaveta)

Não me Morras


Não me morras
sem que te ame da forma a que tens direito.
Não me morras
sem respirares os meus sussurros
sem partilhares comigo
o teu leito
Não me morras
Não te vás
sem que os meus lábios te digam do meu ser
E os meus dedos te falem do teu sentir.
Não partas
Sem viver através de mim
O que nunca te disseram
E nunca soubeste ouvir.
Há no Sol
Na névoa
Na luz da manhã
Um pôr do Sol
Que é uma promessa de amanhã
Não me morras Amor
que não mereço.

(Poema da Cleopatra)

Ausência


Hoje, queria estar noutro lado,
na outra margem do sonho
sentado no muro da esperança
respirando só paixão
voltar à nascente da vida
fundir-me, de corpo e alma
fugir de mim e voar
hoje, precisamente num dia
que é mais estreito que o ar
E o estio a vir devagar
como se fosse um ladrão
deixando-me assim sem alento
Como se fosse um escombro
dobrando-me vontade a razão

(Poema de Yardbird)