terça-feira, 30 de dezembro de 2008

"FELIZ ANO NOVO"

DESEJO A TODOS OS MEUS AMIGOS E TAMBÉM PARA
OS QUE AQUI PASSAREM UM FELIZ ANO NOVO COM
MUITO AMOR,PAZ, HARMONIA E SAÚDE

Novo ano, nova esperança,
é o que peço ao pai eterno,
que traga muita abundância
e que seja um ano moderno.

Este ano, eu quero a paz,
muita saúde, e prosperidade,
que os amigos aumentem mais!
Com carinho e prosperidade.

Quero um ano sem maldade
com muito amor e caridade,
que se respeitem os humanos.

Que haja muita saúde
que pereça os tempos rudes,
são os meus desejos, para este ano.

Vem sem receio: eu te recebo
Como um dom dos deuses do deserto
Que decretaram minha trégua e permitiram
Que o mel de teus olhos me invadisse.

Quero que o meu amor te faça livre,
Que meus dedos não te prendam
Mas contornem teu raro perfil
Como lábios tocam um anel sagrado.

Quero que o meu amor te seja enfeite
E conforto, porto de partida para a fundação
Do teu reino, em que a sombra
Seja abrigo e ilha.

Quero que o meu amor te seja leve
Como se dançasse numa praia uma menina.

(Lia Luft)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Paisagens


Passavam pelo ar aves repentinas,
O cheiro da terra era fundo e amargo,
E ao longe as cavalgadas do mar largo
Sacudiam na areia as suas crinas.

Era o céu azul, o campo verde, a terra escura
Era a carne das árvores elástica e dura,
Eram as gotas de sangue da resina
E as folhas em que a luz se descombina.

Eram os caminhos num ir lento,
Eram as mãos profundas do vento,
Era o livre e luminoso chamamento
Da asa dos espaços fugitiva.

Eram os pinheirais onde o céu poisa,
Era o peso e era a cor de cada coisa,
A sua quietude, secretamente viva,
E a sua exaltação afirmativa.

Era a verdade e a força do mar largo,
Cuja voz, quando se quebra, sobe,
Era o regresso sem fim e a claridade
Das praias onde a direito o vento corre.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Arte no teu corpo


Queria ter pincéis na ponta dos dedos
Barrar-te com as cores de Primavera
Sorver gulosa o suor da tua pele!

Queria aprisionar no coração da tela
O sorriso cansado do teu sexo
A bailar no meu olhar!

Queria ser tinta húmida
A escorrer dentro de ti,
Como as ondas da maré!

Queria tatuar nos teus sonhos
Longos arrepios de prazer…
Todos os ecos de momentos passados!

Carla
http://palavrasemdesalinho.blogspot.com/

domingo, 28 de dezembro de 2008

O Mar… Tu e eu!


Neste poema, fora eu o mar,
E tu, nas minhas praias, uma fraga,
Eu vinha de mansinho para beijar
A tua face, como quem te afaga!

Quando na maré-alta, o mar alaga,
Me enfunava também, para te inundar!
Num abraço de amor, em terna vaga,
Lágrimas te deixando, ao recuar…

E naquele vaivém, constantemente,
Levava uns pedacinhos, docemente,
De ti, na mais afável erosão…

Sem se notar, milhares de anos depois,
O nar sereno, éramos nós dois,
Um todo só, na mais linda união.

http://robinsoncrosue.spaces.live.com

O céu fareja a lua
uma escuridão se faz subir
Há névoa nos picos das montanhas
espelho do céu se faz a terra
A brisa dá sua frescura
um torpor rodeia de leve
minha alma no céu asas a bater
a reluzir branca na escuridão
assaltam as estrelas simples e puras
Dobra o céu a olhar a lua
a mergulhar no horizonte
Melodia em perfume intenso
rompe as narinas da alma
A saudade dissolve e vai-se...

http://poemasrosanadoce.blogspot.com

sábado, 27 de dezembro de 2008

Se precisar de mim...


Se precisar de mim
Grite meu nome ao vento,
Ele trará seu recado...
Ouça uma música suave,
Fecha os teus olhos e
Sinta a carícia de um beijo...
Mas, se não houver
Vento ou música,
Faça apenas uma oração
Meu anjo se unirá ao teu,
Para te por no colo e confortar.
Se precisar de mim...
Sinta o suave beijo que dança nos lábios
Docemente sobre teu rosto....

Sônia Schmorantz

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

“Aquela porta”


O tempo segue, caminhando lento.
Ignorando minha maior verdade
Nessa cruel espera moram as horas
Alheias a dor da imensa saudade
E num turbilhão, as lembranças.
Intensas refletem nos meus versos
Ferem, reavivando os sentidos.
Trazem velhos sonhos já dispersos
Não demora, porque hoje preciso.
Ver a saudade viva no teu olhar
Aninhada, protegida em teu peito.
Quero ouvir outra vez, teu respirar.
Divisando teu olhar, já concluo.
Se tiver o brilho do teu sorriso
Chovendo assim em minha seara
Tenho tudo, e de mais nada preciso.
Quebre as amarras, viole os sentidos.
Reviva o sonho, sem pressa de ir embora.
Quando trancar aquela porta, por favor.
Sem nenhum medo, lance a chave fora.


Glória Salles
http://omarmencantacompletamente.blogspot.com/

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Inquietações


Sou este homem de que ouves falar
Que cultiva nas valas da imaginação
Amores regados pela água do mar
E que dorme no silencio do teu coração.

A tua vida espera por um beijo meu
Sonha com a junção dos nossos corações
Nunca um amor em ti assim se viveu
Para sentires na alma tantas inquietações.

Não chores mulher por este tormento
Vive feliz para amar a toda a hora
Beija só por amor a todo o momento
Porque o vento chega e logo se vai embora.

http://osaldanossapele2.blogspot.com/

domingo, 21 de dezembro de 2008

DESEJO A TODOS OS MEUS AMIGOS E TAMBÉM PARA
OS QUE AQUI PASSAREM UM FELIZ NATAL COM
MUITO AMOR,PAZ, HARMONIA E SAÚDE

Hoje, de algum lugar.
Longe destas terras
Um olhar especial de alguém especial
De distantes origens
Um olhar de um justo coração
Que pulsa só a vida
Que sorri porque ama plenamente
Sem jugos, sem conceitos,
Sem prisões

Hoje como ontem
Longe destes céus
Há um encantado olhar só para você
Nesse olhar, nesse fitar.
Vai para você a magia da luz
A simplicidade do perdão
A força para comungar a vida
E a esperança
De dias mais radiantes de paz

Hoje, de algum lugar dentro de você.
Alguém que já o amou muito
E ainda o ama
Diz para você que valeu a pena
Ter estado nestas terras
Sob estes céus
Falando de união, paz, amor e perdão.
Só para você saber
Que hoje é Natal
E poder sentir a força
Que faz você sorrir
E continuar o caminho
Que um dia aquele doce olhar
Iniciou para você!


(Paulo Kronemberger).

sábado, 20 de dezembro de 2008

“Amor raiz” - Soneto


Esse amor é semente de raiz profunda
Tem vida no olhar, onde traz confiança.
É rio nascendo pra irrigar tua ternura
Se lança em teu chão, fertiliza a esperança.

Acreditando então, nesse rubro poente.
Viva esse amor tão saudável, e nutrido.
Que percorre límpido e livre tuas veias
Colha o viço palpável desses dias floridos

Esse amor que não pede juras eternas
Dócil, mas forte, que cresce entre espinho.
Transbordando a alma, irrigando o caminho.

Sazonado e frutífero, esse amor se rende.
Porque há tempos, no tear desse sentimento.
Acreditando bordou esse lindo “Pra sempre”.

Glória Salles

Falando de amor
Não deixo que me calem
Falo de amor.
Não importa quantas vezes
acreditei... Acredito.
Escrevi no tempo palavras,
E gravei no coração a ação.

Não me deixo ficar muda,
Deixem-me somente sentir as gotas das chuvas
Falando de amor, os raios do sol trazendo calor.
Não me calem
Permita-me ver as estrelas do lado da lua.
Enfeitando a noite do meu bem.
Não berrarei, não gritarei.
Mas falarei quantas vezes minha alma declarar
O amor!

http://esconderijodabandys.blogspot.com

Música


A suavidade do som
que atravessa o tempo
perfura o silêncio
E se faz ouvir...
Juntando nossos desejos
Deslizamos nossos corpos
É música no ar...
Suave ritmo
Em movimentos
Que nos enlouquece
Canção ao vento
Nos trás emoção
E recordamos nossos
Momentos de sonhos,
Onde pesadelo não tem mais espaço
E do passado ausente
Entregamo-nos a música que insiste em tocar
Fizemos da nossa dança
Testemunha de nosso amor.

http://esconderijodabandys.blogspot.com

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Minha pastagem de numero 500 do ano de 2008
Nada mais justo que um lindo poema da pessoa que amo e sempre me incentivou...

Se fosse escolher um som para minha vida
Escolheria o som de um piano...
Triste e sensual, como os pingos da chuva,
Porque escuto este som nos momentos
Mais significantes da minha existência...
Desafinado pela falta de alguém tocar,
Abandonado em sua essência ...
Se eu pensasse... arriscasse mais... talvez
Transformasse o som da chuva no som de um piano,
Imprimindo nova cor ao preto e branco do teclado.
Marcando novo compasso,
Ouvindo o som desaparecer e voltar,
Batendo o coração no mesmo ritmo...
E o piano numa queixa solitária,
Se transformaria nesta linda melodia...

SÔNIA SCHMORANTZ

Procura de mim


Vou ao teu encontro, mar
De noite ou de dia
Palmilho as dunas da vida
Para te alcançar
Mas há seixos no percurso
Pequenas pedras lancinantes
Que abrem fendas nos pés
Chagas sentidas na alma
Por não atingir teu salgado mar
O dia nasce…
O sol se põe…
E eu continuo a desvendar
As águas tranquilas do meu sentir
Ou o Tsunami que por vezes me invade
Persisto caminhar nas dunas
Até entender e tocar o mar

Poema e fotos- luna
http://multiolhares-poetadaspiramides.blogspot.com

voando- sonhando


Sentei-me
Á beira do precipício
Como as gaivotas que avistei
Mas de costas para o mar, não
A isso me neguei
Quis sentir a brisa, a maresia
O brilho do mar
O calor do sol, o seu raiar
Mas elas voaram
Suas asas abriram com leveza
E eu com elas voei
Abri as asas do sonho
E assim planei

Poema e fotos-Luna
http://multiolhares-poetadaspiramides.blogspot.com/

Emoções diferentes


Junto ao molhe da praia de todas as paixões
De areia quente dos sonhos eternos sonhados
Olhei o mar e senti todas as emoções
Dos que por ali caminham apaixonados.

Voltei ao meu silêncio acomodado
Procuro no horizonte o teu sorriso
As gaivotas chamam o teu nome encantado
Para te dar o meu coração quando for preciso.

Mas o mar velho amigo confidente
Que beija o molhe em todo o momento
Mostra o seu amor transparente
Enquanto lhe falo no meu desalento.

Volto a estar triste pelas madrugadas
Nos meus sonhos onde tu és uma canção
Aqui, com brisas em noites perfumadas
Sou feliz sozinho com a minha solidão.

http://osaldanossapele2.blogspot.com

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

lagoa da conceição florianopolis sc

Escrevo no tempo, um conto
Nosso sorriso, nosso encontro
Nos versos, tranqüilizo
Deslizo em poesia.
Navego no mar de calmaria
E também de ventania.
Vejo cores em nossos beijos
Sabores, toques sedutores
Descubro o amor, a paz e a liberdade.
Flutuo longe com suavidade
Aproveitando o vento que gentilmente
Vem a nosso favor...

...a paciência me abraça quando preciso
esperar a ventania passar.

(Bandys)
http://esconderijodabandys.blogspot.com/

Quando voltares


Não me tragas palavras
nem silêncios magoados,
não me tragas
promessas dolorosas
nem razões desconhecidas,
não me tragas tudo
sabendo eu que é nada,
nem nada me tragas
que eu não saiba pedir.

Traz-me rosas perfumadas
vermelhas cor de sangue,
traz-me beijos
feitos de açúcar mascavado
e abraços leves como penas,
traz-me o teu dia
dentro de mim completo
e a tua noite de luar
para eu ser feliz.

Traz-me o que eu te dou.


http://silabasaovento.blogspot.com/

A caminho do mar...


Pelas margens da montanha,
descemos
como um rio...
até ao vale.

A cada passo que damos, ouve-se mais forte
o som das árvores
e dos pássaros,
e o silêncio vem buscar-me...
Para onde?

Deixas teus passos suspensos
de ti,
a cada passo que dás...
para mim.

É decisão de peito aberto,
desafio,
ausência...
sem receio de perder!

Então, escorremos levemente
pelos caminhos
que criamos à passagem,
e pousamo-nos mais tarde,
junto ao mar...

http://a-papoila.blogspot.com

SONHO PLANTADO


Plantado em mim,
o sonho que vivi;
a caravela da saudade,
na maresia;
a lágrima saída de uma balada,
a lembrança da cabana abandunada;
aquela alegria,
que agora é nostalgia;
a terra prometida,
que espera por ti.

nada sou, nada tenho, nada posso,
sem esse amor, de amor nosso,
que o mundo quis cortar ceifando-me de ti!

Amo-te, amo-te, perfume de realidade;
Amo-te, amo-te, fantasia sonhada;
Eu, que na tua alma sou ouvida;
Eu, que na maravilha do teu ser sou amada;
Eu, que lanço sobre ti o amor da verdade!

Força, enigma, com uma forma qualquer,
jovem, madura ou envelhecida...
não importa, não interessa...
nesse amor sem idade, nem pressa,
no rio de mel, na ilha esquecida,
com o homem inventado por uma mulher.

Fernanda
http://fernananda55.blogspot.com/

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008


Imagino-te assim…
olhando-me,
enquanto cantas através do olhar
que me envolve,
que me cativa,
que me aconchega…
sorrimos
e vagueamos entre conversas
que o tempo não importa,
porque assim estamos,
olhos nos olhos,
envolvendo-nos, abraçando-nos!
estendo a mão à tua mão
e levas-me a dançar
pela música trazida pelo vento
sem saber dançar…
mas não importa
porque estamos assim,
perdidos no tempo,
porque ele não importa.

ai! esses lábios macios
que me chamam
no silêncio do beijo…

Bruno Ribeiro

A chuva que cai
Molha o meu rosto
Cansado de esperar
Mas continuarei
Mesmo que o tempo passe.

O cansaço...
Este não me vencerá!
Estarei sempre cá
A esperar.

Um dia surgirás
Como o vento
Como as chuvas...

E cá estarei
Neste mesmo lugar
A esperar...

Como o vento
Como as chuvas
Que surgem do espaço
Molhando a terra
Vencendo a seca
Dando vida as flores.

Assim, estarei a esperar...
Mesmo que o tempo se vá
Que as chuvas e o vento se calem
Que as flores, não mais tenham vida
Estarei cá, a esperar por ti...
Até o Infinito...



Autora: Pequenina

Esboço



Vi na noite o esboço
Que formava o teu semblante
Gracioso e bela...
Pairavas no ar
Como magia e encanto
Estendi meus braços…

Que ilusão a minha
Pensar em tocar-te
A distância, que curta
parecia...
Que me separava
Da Tua Alma...

http://haflordapele.blogspot.com/

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Eu, tu e a lua


Personagens
Eu, tu e a lua
Redonda ali estavas
O quadro estava prestes a mudar
De novas tintas e novo brilho
Do amarelo e preto do céu
Aquele branco...E estavas a brilhar
As nuvens em teu redor
A outra ilha ali ao fundo
O espelho que reflectia no mar
Personagens
Eu, tu e a lua
Ali alheios para o mundo
sonhando, sentido e vivendo
O momento a dois
Olhado lá no fundo
Nossa presença alheia a tudo
Só amando, sem pedir licença ao mundo
E presos no olhar
Quem precisa pedir algo?
Basta sonhar, sentir e continuar a amar!...

http://minhailhameuberco.blogspot.com

Inquietações


Sou este homem de que ouves falar
Que cultiva nas valas da imaginação
Amores regados pela água do mar
E que dorme no silencio do teu coração.

A tua vida espera por um beijo meu
Sonha com a junção dos nossos corações
Nunca um amor em ti assim se viveu
Para sentires na alma tantas inquietações.

Não chores mulher por este tormento
Vive feliz para amar a toda a hora
Beija só por amor a todo o momento
Porque o vento chega e logo se vai embora.


http://osaldanossapele2.blogspot.com/

Orvalhadas de S. João...


Com o corpo orvalhado de desejo
caminho pelo coração das letras.

Avanço pelo nevoeiro das recordações de ontem,
que hoje não passam disso… recordações…

As mãos cautelosas… os dedos lacerados… os olhos ávidos…
Teu alento está de novo longe e distante...

Procuro encontrar em versos
onde pode ter ido parar aquela madrugada…

Regressam ao meu corpo pérolas de humidade
as mesmas que me presenteavas
no húmido calor dos teus beijos...

Posso apagá-los… posso rasgar páginas… não importa!
Essas páginas estão escritas
no desejo entre o teu corpo e o meu...

http://a-papoila.blogspot.com

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O voar da gaivota


Não haverá bruma que te tire do meu olhar
Serás uma memória viva no meu coração
Sonharei contigo sempre que estiver junto ao mar
Nas praias onde a tua ausência será a recordação.

Não penses nos meus passeios na praia asfixiado
No horizonte os meus olhos estarão cintilantes
Recorda se quiseres o muito que me tens amado
Todos os momentos que fomos eternos amantes.

Escrevo desta maneira letras a chorar
Sílabas seguidas do meu grito a toda a hora
Sonho de um sonho que surgiu para eu amar
Que livre com as suas asas se vai embora.

Não é um adeus que aqui deixo deslumbrado
O meu desejo é ter-te nos meus braços sem saudade
Mas o tanto que me entrego e te tenho amado
Não pode impedir a tua vida e liberdade.

A vida tem muito do mar e as suas ondulações
Como o vento o oceano está sempre murmurante
Enche-nos de nostalgias e tantas recordações
Como as que ficam comigo depois de ser teu amante.

http://osaldanossapele2.blogspot.com/

Sempre a fantasiar, sonhar, eu vou...
E para onde, Amor? Inda não sei...
Quimera, fantasia, amor eu sou!
Fresco orvalho, um encanto mago eu dei...

Irei talvez vogar no que passou...
Recordar muitos sonhos que calei!
Viver, sem desdenhar, o que restou,
Votar ao esquecimento o que penei!

Virás comigo ao entardecer
Num sereno e suave enlanguescer
Beber o pôr do sol e o azul do mar?

Vem! Já mergulha o Sol no Oceano!
Suave, ao longe, o toque dum piano
Que nos enleva e faz extasiar!


Fernanda Costa

Isso me assusta


O sol foi dormir...
A neblina se deita
sobre a colcha verde da relva
esfriando corpo e alma.
A noite me recebe
como palma aberta de uma mão
que acaricia.
Estou aqui...
Alvo fácil da tua mira.
Embora teu olhar não registre.
Aqui estou eu...
Na urgência do meu tempo
Querendo a seiva dos teus beijos.
Ofertando meu coração.
Se me olhar , derreterei facilmente
do teu mel inundada...
E sobre teu peito arfante
Transporei dos sonhos os portões.
Vem...
Porque imaginar a noite sem você...
Me assusta...

Glória Salles

O TEMPO DA ETERNIDADE


Hoje aprisionei o tempo
Numa simples gota de orvalho
Pedi à lua, roguei às estrelas
Encontrassem teu coração magoado

Secretamente recolhida na noite
Delicada gota com a luz da ternura
Fiz calar a voz do sentido pranto
Ribeiro que transporta a água mais pura

Os murmúrios de uma história secreta
Pararam na parte em que estavas feliz
Uma flor depositou no vento a semente
Leva a cor que com tua alma condiz

Denso aroma de laranjeira
Parei a dor e a saudade
Retive um radioso sorriso teu
Para adornar a eternidade

Será que parei também a eternidade?
Teus olhos fechados reverberam a luz
Todos os caminhos têm um sonho
A brisa na sua passagem o teu coração seduz

Um aguaceiro ficou suspenso
O dia parou radiante
Detida a maré do desencanto
O mundo ficou cintilante

Um beijo ficou aguardar
Um abraço suspenso no ar
Uma errante nota parou no sopro
Um barco aguarda o navegar

Dormi tranquilamente sobre o vento
Coberto por este adormecido encanto
Dias, campos e estações esquecidas
Moldei meus sonhos no riso e pranto

Uni as ondas em aconchego
Pela terra da tua lembrança fiquei
Soltei o tempo no crepúsculo do pensamento
Juntei os perdidos sonhos que um dia te…dei…

http://profeciaeterna.blogspot.com

domingo, 14 de dezembro de 2008

Silêncio


Era uma linda tarde de sol
De uma paisagem deslumbrante.
Ao longe te vi passar...
Caminhavas na areia e...
Olhavas o mar.
Em silêncio segui os teus passos
E devorei-te com o olhar.
Admirei teu corpo nu e...
Desejei-te!
O vento soprava os teus cabelos...
Cobrindo o teu rosto.
Tua pele queimada pelo o sol
Tornava-o mais belo e atraente!
Imaginei-me em teus braços!
Sufocando o meu grito...
Engoli as lágrimas e...
Permaneci em silêncio.
E em silêncio te amei...
Você se foi, e deixou em mim um vazio...
Uma saudade sem fim!...
Junto ao teu rastro na areia
Havia uma frase que dizia:
'Te quero... Só pra mim...
Te espero... No mar!'
Este tesouro divino
As ondas do mar levou.
Restou somente a saudade
Que a trarei bem guardada
No cofre de minha vida...


Autora: Pequenina

A ESPERA


Meu mundo é triste e a vida é sombria
Meus dias são longos e as noites são frias
Minha cama é vazia, e os lençóis são úmidos
O meu quarto tem tudo, e nada tem.

A espera é uma constante agonia...

Mas sei que um dia, ou apenas por uma noite...
Estaremos juntos e eu terei o calor do teu corpo.
Neste dia, o sol voltará a brilhar
O céu será mais azul, e as estrelas terão mais fulgor.

E em teus braços terei um novo amanhecer.

Despida de corpo e alma, tu me encontrarás
Sedenta de amor e desejos, assim me terás
Não vejo o momento de estar em teus braços
Te tocar, te enlaçar, e te amar...

Viver o hoje, sem pensar no amanhã
Sem preconceitos, sem pudor, mas com amor
Este amor louco, deseperado e sonhado...
E tão desejado por nós...


Pequenina

Dunas de sonhos com seus grãos de areia em prata
Brilhos suaves clareando os meus dias
No outono ao vento voam folhas ressequidas
Voa a minha alma um tanto quanto enfraquecida
Cantam as aves costurando a minha vida
Baila o meu sonho na canção adormecida!

Rabisquei poucas alegrias
Vividas em raros momentos
De tudo o que me restou
São páginas de sofrimentos
Não tendo o que rabiscar
Rabisco versos aos vento.

Pequenina

Solidão.


Nada escrevo, nada digo,
Não pronuncio um único som
Triste, solitário, vindo da minha alma,
Da calma vazia da Solidão.
Não me tenta a Escuridão,
Mas não anseio pelo tom
De uma eterna Primavera.
Sou apenas uma Quimera,
Que procura no silêncio do olhar
A essência da vida.
Sem retorno, irei de ida,
Mergulharei no teu mar
Apenas para te amar,
E sentir em meu corpo a doce sensação
De ser livre, de sentir
Toda a emoção em mim contida.
Sou apenas uma Quimera
Que anseia em viver.

polen.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_01.html

sábado, 13 de dezembro de 2008

Estranha Alegria Que Dás...


Deixas a noite cair
para desceres do teu berço dourado
deixas a escuridão envolver-te em fragrâncias
e despertas o teu falir
nessas palavras feitas de ânsias
escondidas no âmago imoderado.
Estranha alegria
que fazes sair
recôndita na prosa e na poesia
eloquente sem mentir.
Voltas ao ataque
procuras um destaque
estranha alegria que fazes sorrir.
E no momento
em que escreves a palavra plágio
fazes-me ser o evento.
Fazes o vento fugir
e de mim um Ás
estranha alegria que dás…

Paulo Afonso Ramos

Sem


...você
não há canto, nem encanto
não há direção, nem caminho
é mudar meu ponto de partida
minha estrada, meu ninho
.
Sem você
sou botão a iludir a flor
perdida em terras distantes
silenciando tua presença
em delicada lucidez
.
Sem você
sou breve momento
em sussurros ao vento
embaralhando sentimentos
que vagueiam pelo tempo
.
Sem você
o universo se descortina
sem razão para o belo
rendendo-se ao absurdo
de estar aqui...
....Sem você!
.
Izinha...
http://magicoolhar.blogspot.com/

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

TREM


Se eu fosse um trem, garanto que eu seria
um trem daqueles velhos trens de outrora !
A uma estação eu nunca chegaria
senão depois de ter passado a hora.

O melhor da estação está na espera
do trem que vai passar e que atrasou
Se eu fosse mesmo um trem (ah, quem me dera !)
eu seria esse trem que não passou...

Eu seria esse trem retardatário,
cheio de lassidão, trem proletário,
que o povo espera sempre na estação,

numa esperança sempre renovada
de que esse trem lhe traga na chegada
um pouco de alegria ou de ilusão.


Autor desconhecido

Estrela, estrela como ser assim,
tão só, tão só e nunca sofrer

Brilhar, brilhar quase sem querer

Deixar, deixar ser o que se é
no corpo nu da constelação

E vais e vens como um lampião
ao vento frio de um lugar qualquer

É bom saber que és parte de mim
assim como és parte das manhãs

Melhor, melhor é poder gozar
no céu, no céu como um balão

Eu canto, eu sei que também me vês
aqui, aqui como essa canção.

http://umaestrelanamao.blogspot.com/

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Adeus


Molhei os pés nessa onda
que rebentou no meu olhar
e o pôr-do-sol sorriu
num aceno de despedida.

A brisa saudou-me
num brinde de nostalgia
e o mar inquieto
murmurou o secreto desejo.

Na passagem do testemunho
despedi-me do rosto (que partiu)
fiquei com as lágrimas
e a solidão da noite.

http://poesiadepauloafonso.blogspot.com/

O teu corpo colado no meu


O teu corpo colado ao meu
A tua respiração na minha
O teu beijo, o meu,
Na paixão que é minha

As mãos percorrem as curvas tuas
E o teu sussurro me prende a ti
Somos almas ao vento, duas,
Mas uma só fazemos aqui

O teu toque pelo meu peito
O teu olhar no meu
Assim como sem jeito
O meu corpo é o teu

E a espuma das ondas vem
Como se o mar viesse também
E não sabemos quem é quem

Gemidos na noite, abraços apertados
Tensão ardente, barcos parados
Emoções quentes, ardentes
Quando dizes que em ti me sentes

Olhar-te nesse momento
Com o teu olhar no meu
Foi sentir o vento,
O coração meu no teu

BELFIM PEIXOTO

AQUI JAZ UMA FLOR


Aqui jaz uma flor.
Beira de vida, beira de estrada.
Ela foi esquecida, ela foi ignorada
e esse mundo já tão vazio de amor
esvazia-se mais agora porque morreu uma flor
Quem nessa vida somente exalou o melhor dos perfumes
vive hoje de queixumes;
eram fortes as ervas daninhas.
Até quando vão as flores viver sozinhas?
Na beira da estrada?
Na beira da vida?
Aqui jaz uma flor...uma flor esquecida.
Sobre ela se fez sol, se fez chuva, se fez sombra
mas, não se fez atenção.
Que bobagem,
pensam que as flores não têm coração.
Como não, se elas emanam o amor?
Chegará a primavera desfalcada de uma flor.
Quem não foi regada
quem não foi cultivada
quem foi esquecida,
morre na beira da estrada...
morre na beira da vida.

http://gvpoeta.blogspot.com/2008_02_01_archive.html
Um anjo sem rosto

A DOÇURA DAS CARÍCIAS!...


Sei que um dia virás,
Contigo trazendo as ilusões renascidas,
As matizes suaves das madrugadas,
A quietude do silêncio da noite cálida,
O azul diáfano do voltejar dos pássaros,
O imponderável do que já foi mas não é,
A magia de voltar a ser,
A alegria infinda de poder viver!

Esperar-te-ei, olhando sobre a colina,
Com a carícia envolvente do desejo
E o fogo ardente dos meus olhos,
O tempo não rolará.

E seremos felizes para além dele,
Num abrigo de sombras vagas
Que acolherá os nossos gemidos sentidos
E as nossas emoções delirantes!

Depois, ofertar-me-ei plena de ternura
Para poderes colher com a leveza dos deuses
A doçura das carícias
E os odores da volúpia da noite!

Nascemos com o sol pela manhã,
Nossos sentimentos abençoados,
Sublimes, puros, iluminados!...

Fernanda,

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

“Luz invasora”


Meu pensamento está
em qualquer parte.
E embora meu olhar pouse
no horizonte...
É pro nada,
que meus dias apontam...
Sentimentos fragmentados
ora serenos, ora arredios,
construídos nas intermináveis
noites de vigília...
Imagens imprecisas,
traçadas pela minha memória
distorcida.
Mas a luz, que invade as frestas
do meu silencio, desfaz a densa bruma.
Pigmentando meu céu nublado,
de um azul intenso.
Sinto que lentamente,
a esperança permeia lenta,
acordando sonhos volúveis...

Glória Salles
http://omarmencantacompletamente.blogspot.com/

Pe da ços


“Sob o teto, pedaços de sonhos em meu quarto dançam.
Como num quebra-cabeça, tentam se unir ao improvável.
Assim como em meus dias, há um encaixe com elos de monotonia.
Tateiam um espaço para chamar de seu, mas desmontam-se
Sempre na contramão de meus anseios.

E, refém de minhas lembranças, reluto a despertar deste momento,
Visto ser ímpar, estar eu lá sobre cores de inverno faz-me
Suspirar num ritmo intercalado, que trás em meu coração

Uma sonoridade de batidas já por mim bem conhecidas.

Entretanto, ao chegar o dia, raios de luz tocam minhas cortinas e vejo...
Pedaços que não se completaram e, que estranhamente,
Não sussurram seu nome. Gritam meus desejos.
Sonhos que ainda não me tiraram.”

http://a-bela-e-a-poeta.blogspot.com/

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

SOL DA NOITE



É no breu do mar
que nascem os dias,
desnudas fronteiras
dispersos nocturnos,
madrugadas escuras
manhãs pardacentas
espalhadas nas noites,
engendrando suplicas
nos despertares vadios,

poema e fotos; poetaeusou

SUSSURROS DA NOITE


Hoje decidi quebrar a bruma
Que habita entre o sol e a tua alma
Procuro as pétalas perdidas
De uma paixão em fria chama

Que a dor emudeceu
Afogada em mar de pranto
Nada detém a maré da paixão
Não há fios que prendam o desencanto

Hoje decidi aprisionar o teu querer
De amor regado com agua pura
No céu há uma estrela que é tua
Na terra há um beijo à tua procura

Que se perde nas espigas de lua
Da tua cabeça em formosura
Taça de ouro cintilante
Transbordante de real ternura

Hoje decidi recolher os sussurros da noite
Juntar em alquimia uma lágrima de alegria
Que meu coração recolheu dos teus olhos
E transformou em doce poesia

Nasci mil vezes, para morrer em amor
A contradição é o espelho da loucura
A palavra o começo do silêncio
Que em minha alma perdura

Hoje és verde amargo das uvas de Maio
Fogo que arde sem rubra chama
Que sopro de sentido amor
A terra consome e proclama

Mas hoje é hoje
O começo de um novo amanhã
Recolho na saudade a certeza
Que não és uma mera…palavra vã...

http://profeciaeterna.blogspot.com

DOIS CAMINHOS


Frágil e palpitante luz
A beleza é feita de ternos murmúrios
A voz quebra a quietude do silêncio
A chuva leva a terra ao encontro dos rios

Não há fracassos no sonho
Caminhei nas nuvens para te ver do alto
Abri os braços ao relâmpago
Desci à terra, senti nos pés o frio basalto

Incessantes são as marés
Olhos sitiados no caminho
Não é o temor que me aflige
Apenas o lado escuro do destino

Dancei com a verdade da terra
Ergui-me nu ao vento
Fundi-me com o sol
Parei o tempo por um momento

Percorri cada caminho que me encontrou
Sempre contigo no fundo de mim
Arranquei à terra maduros sonhos
Confundi o princípio com o fim

Subi com o olhar o voo dos pássaros
Embriaguei-me na minha solidão
Matei a sede com o frescor das hortênsias
Afastei o acaso, aprisionei a razão

Depositei as minhas súplicas
No espelho de uma lagoa azul
Não sei que caminhos trilhei
Na incessante procura do sul

Escutei o pranto e o riso
É sinuosa a viagem da paixão
Indomável é a vontade do amor
No querer há tanta contradição

Porque na terra o tempo continuará a existir
O pão e o louvor estarão em todos os destinos
Um espesso tapete de folhas molhadas
Pintam a indecisão de…Dois Caminhos…


http://profeciaeterna.blogspot.com/

ENTRE O MAR E AS ESTRELAS


Não deixo de pensar nos teus beijos e abraços,
Quem sou eu na estrutura da tua vida?
Que aroma derramas na minha alma,
Sinto e respiro o teu amor…
Na espera, aqui, na noite calma.

Entre o mar e as estrelas,
As nuvens formam o teu nome,
A única coisa que sei é que te amo,
És metade da minha vida…
A única mulher para mim.

Coloquei o tempo nas tuas mãos,
Pedaço de vida que tenho junto a ti,
Meu amor impossível, invisível, irresistível,
Mulher verdade a quem escrevo estas letras,
Sem o teu amor não sou nada…

http://osaldanossapele.blogs.sapo

NOITE ETERNA


Eterna é a noite que foge ao dia
Solta-se o silêncio, muda poesia
Dança de sombras, errante pensamento
Quietude do vento, aroma de nostalgia

Na noite tudo se perde
Mora a sombra, o desvario
A água solta em teus olhos
É querer de rosto sombrio

É sereno solto da paixão
Constante reza em pranto
Alma que pede absolvição
Por amor gerado em assombro

Almas presas, sonhos contidos
Chama acesa, noite longa e fria
Olhos em incessante procura
Da luz aprisionada ao dia

Longa noite, e se fosse eterna?
Se não regressasse o dia
Se o sol deixa-se de beijar a terra
Achas que a lua sorria?

A noite esconde o sorriso
O feitiço das águas
A brisa que passa de mansinho
Folhas soltas em desalinho
A cobrir o teu caminho
Que pisas em hesitantes passos
Ao compasso da ironia
Brilham estrelas no celeste
Viajem da fantasia

http://profeciaeterna.blogspot.com/