sábado, 30 de agosto de 2008

DAR E RECEBER AMOR



Sentir o teu corpo por inteiro
Tuas mãos num afago, teus braços
Num longo e carinhoso abraço
Tudo de ti: teu hálito, teu suor, teu cheiro...

Ouvir e dizer palavras sem nexo
Só nós dois, nada a nos separar, nada em nosso meio
Teu rosto colado a meu rosto, meu peito colado a teu seio
Amor, carinho, sexo...

Dar e receber
E assim, em êxtase permanecer
Noite, madrugada afora...

Sem perceber a hora de ir embora
E esperar que noutro dia, noutra noite, talvez
Possamos fazer tudo outra vez

Walter Pimentel

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

UNICIDADE



Amor, medo,
Não, eu não devo ter medo de amar,
Devo sim, ter medo de odiar,
De ferir, de as pessoas magoar.
Amor, medo,
Não devo ter medo de amar,
Devo ter medo de destruir,
Medo de mentir.
Amor, medo,
Devo em verdade ter medo
De quando não dou a mão,
De quando não divido o pão,
De quando não dou meu braço,
Num puro abraço.
Amor, medo,
Não devo ter medo de amar,
Devo ter, verdadeiramente,
Medo de sentir medo de amar,
Pois o amor doado
É o caminho para o meu reencontro
Com a divindade que existe em mim e
Com a Divindade que me criou,
Que a todos criou para amar,
Para viver o amor sem medo,
Em unicidade.

Moacir Sader

NOSSA PRIMEIRA VEZ



Meus lábios a navegar teu corpo,
Olhos fechados, a tua pele macia,
Sinto teu cheiro e que me deixa louco,
Intenso aquele beijo, na madrugada fria,
Minhas mãos escorregam em carícias,
Desejos múltiplos em teu lindo olhar,
O amor se abre a nossas fantasias,
A portas se fecham, pra que se possa amar,
Um abraço forte é inevitável,
E entre beijos e abraços, tudo aconteceu,
Em nossos corpos suados, o amor se fez um laço,
E nesse laço apertado do amor, a gente se perdeu,
Meus lábios a navegar teu ventre,
Olhos fechados, a tua pele arrepiada,
Sussurros e gemidos, nosso prazer em mente,
No êxtase do que sentimos, não nos restou mais nada,
E foi tão lindo quando assim nos permitimos,
E dentro de teu íntimo, um ir e vir sequente,
E que na hora certa, perdemos o juízo,
Depois, com os olhos nos sorrimos,
Abraçadinhos dormimos, depois de um beijo ardente.

POETASP

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

APAGUE-SE A LUZ


E assim já me despeço.
Sou como aquele confesso
Que expia sua culpa
De forma resoluta

Confiando na Trindade
Que lhe sabe da idade,
Como eu sei de vós.
E Tu, amigo, dos meus nós.

Mas partir, não traz esquecer
Quanto muito faz saber
A quem te quer, querer-te bem
A importância que ele tem

Para ti, agora que te ausentas.


Jorge Humberto

TEUS OLHOS



No ninho que é o teu corpo,
Encontro a vontade de querer estar
No teu olhar procuro as respostas,
Que os meus olhos questionam
E que os teus tentam esconder

Nos teus lábios tensos,
Guardo a suavidade dos meus
Ansiosos por tocá-los,
Tal pétalas de uma flor exótica

Nas tuas mãos quentes,
Surpreendidas de um toque,
Seguro a ternura e o desejo
De quem quer bem

Levanto o meu olhar,
Deito-o no teu…
Aguardando serenamente,
O momento....
Que se segue!

http://cantosredondos.blogs.sapo.pt/19637.html

BEIJOS NO CORAÇÃO



Regressa ao ninho a gaivota perdida,
Perdeu o seu rumo, perdeu-se no mar...
Definho de amor, a alma pungida,
E não há meio de a ver chegar.

Desejo que a lua ma traga de volta,
Tenho receio de não mais a ver...
Peço aos anjos pra fazerem escolta,
Receio a tragédia, se suceder...

Ela me tarda, esgotam-se as horas,
A lua é um pico na vertical,
Faço um túnel preso a escoras
Para que regresse num pedestal.

Estou louco de amor, o choro me afoga,
Estou exausto, não a sinto por perto,
Pego no terço, meu bico a Deus roga
Para que lhe mostre o caminho certo...

O ninho está frio, a alva acontece,
Estou morrendo nesta vil solidão...
Permite, meu Deus, que por mais esta prece
Lhe possa beijar o seu coração!

Daniel Cristal

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Deixa-me amar-te


Deixa-me amar-te em meus silêncios
Na calmaria do teu coração que me acolhe
E de onde se desprendem meus sonhos
Em vôos etéreos de plena liberdade

Deixa-me amar-te em minha solidão
Ainda que meus labirintos te confundam
E que teus fios generosos de compreensão
Emaranhem-se no tapete dos meus enigmas

Deixa-me amar-te sem qualquer explicação
Na ternura das tuas mãos que me sorriem
Escrevendo desejos em versos despidos
Na minha alva tez que te cobre e descobre

Deixa-me amar-te em meus segredos
Para que desvendes o que também desconheço
A alma dos meus abismos onde anoiteço
E meus olhos adormecem embalados pelo mistério

Deixa-me amar-te em tuas demoras, longas horas
Em que meu corpo se veste de céu à tua espera
E minhas mãos em frenesi acendem estrelas
Para alumiar-te, ainda que ausente estejas…

Fernanda Guimarães

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

VONTADE DE UM ABRAÇO


De repente deu vontade de um abraço...
Uma vontade de entrelaço, de proximidade..
de amizade..sei lá..
Talvez um aconchego que enfatize a vida e
amenize as dores...
Que fale sobre os amores,
que seja teimoso e ao mesmo tempo forte.
Deu vontade de poder rever saudade
de um abraço.
Um abraço que eternize o tempo
e preencha todo espaço
mas que faça lembrar do carinho,
que surge devagarinho
da magia da união dos corpos, das auras..sei lá.
Lembrar do calor das mãos
acariciando as costas
a dizer..
"estou aqui."
Lembrar do trançar dos braços,
envolventes e seguros afirmando
"estou com você"..
Lembrar da transfusão de forças
com a suavidade do momento .sei lá..
abraço...abraço...abraço...
O que importa é a magia deste abraço !!!
A fusão de energia que harmoniza,
integra tudo, e que se traduz
no tempo e no espaço.

Só sei que agora deu vontade desse abraço !!!
Que afaste toda e qualquer angústia.
Que desperte a lágrima da alegria,
e acalme o coração..
Que traduza a amizade,o amor e a emoção.
E para um abraço assim só pude pensar em você...
nessa sua energia,
nessa sua sensibilidade
que sabe entender o por quê...
dessa vontade desse abraço.
VONTADE DO TEU ABRAÇO...

Sensível Diferença (Ana Lucia)

domingo, 24 de agosto de 2008

A lua me disse



A lua me disse
para eu nunca deixar voce
meu amor.
Para eu nunca esquecer
os quentes beijos seus
seu corpo delgado e gostozo
seus olhos meigos e bondosos.
A lua me disse
que minha vida é voce
que so em seus braços
serei feliz.
Quero viver dos nossos
doces e mágicos momentos
em que nossas almas
falam e sorriem.
Ela tem razão, pois minha luz
é voce, amor.
A centelha do seu coração
me brinda com emoção
embalando meus dias
meus momentos com voce
cheios de ternura,paz e comprensão.
Quero viver nessa magia
ate que meu corpo se desmaterialize
e na estratosfera quero rencontra-lo
e ficar com voce em todas as
outras vidas.
Porque a cada dia que passa
me apaixono mais e mais por voce.

Arneyde T. Marcheschi

sábado, 23 de agosto de 2008

Vou pro mar



Sinto a lágrima rolar
No seu rosto
Sinto a lágrima rolar
No seu rosto
Quando a vejo
E um sorriso acompanhar
O horizonte do desejo

E eu vou pro mar
Nos meus sonhos mergulhar
Eu vou por mar

Vejo braços e abraços a rodopiar
Peles, pelos, olhares
Quanto tempo ainda temos
Para ter o ser o queremos

E eu vou pro mar
Com os meus sonhos me encontrar
Eu vou pro mar

E quanto mais eu andar
Em busca do meu ser supremo
Eu sei que vou encontrar
A parte de ti aqui mesmo
E quando vc sonhar
Com o mar
Mergulhar no desejo
De querer encontrar
É só mergulhar nesse beijo!
Quando a vejo
E um sorriso acompanhar
O horizonte do desejo

E eu vou pro mar
Nos meus sonhos mergulhar
Eu vou por mar

Vejo braços e abraços a rodopiar
Peles, pelos, olhares
Quanto tempo ainda temos
Para ter o ser o queremos

E eu vou pro mar
Com os meus sonhos me encontrar
Eu vou pro mar

E quanto mais eu andar
Em busca do meu ser supremo
Eu sei que vou encontrar
A parte de ti aqui mesmo
E quando vc sonhar
Com o mar
Mergulhar no desejo
De querer encontrar
É só mergulhar nesse beijo!

Hugo Fernandes

UMA ROSA



Tenho uma rosa pra te oferecer,
Guardo teu sorriso pra não mais chorar,
Tantas mil palavras para te dizer,
Versos que componho para te ofertar,
Minha vida é tua e se preciso for,
Dou a minha alma, tens o meu amor,
A madrugada é fria, vem querida,
Me aqueça com manto do teu abraço,
Me desvenda com o mistério de teu corpo,
E me perco, falando de amor,
Mas mesmo perdido, eu te acho,
Em cada pétala de uma flor,
Em nosso sentimento tão sagrado,
Te quero do princício ao fim,
Se for pra morrer, que seja do teu lado,
As minhas mãos, viajam em tua pele,
O meu desejo se ampara em teu corpo,
Essa saudade, que as vezes fere,
Mas quando eu te vejo, todo amor é pouco,
Tenho uma rosa pra te oferecer,
Teus olhos são tão lindos, profundos,
Neles, guardo meus segredos e medos,
Mais inofensivos deste mundo,
Neles, guardo meus anseios,
Doce encanto, doce vida,
Que tanto vou te amar, minha querida.
POETASP

PAIXÃO



Apaixão é como molho apimentado,
faz com que a vida tenha gosto.
Dá ao amor uma força maior.
E é por isso que sou apaixonado por ti,
Faze-me ser mais que posso,
e posso mais que quero.
Não importa se ela não me faz ver,ou ouvir,
mas com certeza me faz viver profundamente,
você,seus beijos,seu carinho,tua pele.
Cada vez mais lhe quero,
Como abrisa quer a manhã,
Estrelas a noite para brilharem,
As flores o Beija-Flor,
meu corpo você,
É amor,é paixão...
Que só eu e você sabemos fazer...
O tempo vais passar...
As pessoas irão passar...
Até a vida vai passar...
Mas não meu amor por você....


Gilmar Santos

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Há um tempo



Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas,
que já têm a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia:
e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre,
à margem de nós mesmos


Fernando Pessoa

Sonhei com você


Sonhei com você lá nas nuvens...
você estava tão linda rodeada de anjos
e sorria para mim...
Seus olhos irradiavam felicidade...ternura..
No silencio ouvi você cantar a nossa canção
e uma grande paz inundou meu coração.
Senti que você está bem...está em paz
está tranquila...sem medos...
e nessa plenitude meu coração se aquietou
me tranquilizei...
Te senti serena em meio as estrelas
e dentro de mim
uma grande luz se fez presente
No meio das estrelas
você desapareceu deixando um rastro
de luz,formando uma frase...eu li...
e chorei de emoção estava escrito:
Eu te Amo!

ARNEYDE T. MARCHESCHI

AMOR POSSESSIVO



Desnudar-te-ei como o sol nascente
Desnuda os mistérios da noite.
Desnudar-te-ei corpo, mente e alma,
Expondo tua beleza, sabedoria e nobreza.
Em teu lindo corpo sugarei o néctar
De tua boca, da gruta do amor.
De tua mente roubarei a poesia
Em que transformaste tua vida,
E de tua alma apossar-me-ei
Da quietude e mansidão.

Soriévilo 30/07/08
(Sônia...Bem diferente do amor do seu Edu,
porém mesmo assim ofereço-te como presente de aniversário...
Quem nunca teve um ?!!
Que Deus a abençõe sempre. Beijo.)
SORIÉVILO

A IMAGEM NO ESPELHO


Olhar no espelho,ver uma imagem
refletida...imagem que te olha e te sorri
mostra uma mulher madura feliz...
característica de estar de bem com a vida.

Dos seus olhos emanam uma luz...
um brilho intenso...
me fixo no seu olhar...me olho....
paro..analiso...me vejo.

O espelho mostra , não uma adolescente
mas uma mulher madura, sorridente
em paz consigo mesma...em paz com
a vida,que lhe sorri docemente.

O que serão esses sinais ali refletidos?
Rugas?...marcas do tempo?...
Saudades...dores?..
ou somente prenuncio de um novo
tempo...de uma nova vida?...

Um tempo, marcado pela confiança
pela esperança..de um caminho florido
um caminho sem voltas
ao mundo dos sofrimentos.

A cada momento, cresce dentro de mim
a renovação, a mudança que estou buscando
que busquei uma vida inteira...mas finalmente
encontrei a paz, que tanto sonhei.

...Essa paz veio de mim,veio de você
não importa os sentimentos...
o que importa agora realmente,são
os momentos que estarão sempre presentes.

Firmados numa proposta muda
de um coração antes, doente,carente
hoje cheio de vida...de buscas
de um futuro que será sempre presente...
o presente de ser feliz e viver a vida
loucamente...profundamente...
intensamente...apaixonadamente!


ARNEYDE T. MARCHESCHI

terça-feira, 19 de agosto de 2008

JURA



"Murmuravam um no outro palavras de amor.
- Quero-te. Dizia ele.
- Quero-te. Dizia ela.
E mesmo tendo-se se queriam.
Tocavam-se. Apertavam-se.
Eram pele um do outro.
- Desejo-te. Dizia ele.
- Desejo-te. Dizia ela.
E mesmo sentindo-se se desejavam.
Colavam as coxas. Húmidas.
Colavam os sexos. Quentes.
- Preciso de ti. Dizia ele.
- Preciso de ti. Dizia ela.
E mesmo possuindo-se se precisavam.
Ficaram um no outro depois do corpo.
- Amo-te. Dizia ele.
- Amo-te. Dizia ela.
E as palavras eram jura.
E a jura era certeza.
Só no corpo um do outro seriam corpo assim.."

AMOR


Sempre que haja um vácuo na tua vida,
enche-o de Amor.
Adolescente, jovem, velho:
Sempre que haja um vácuo na tua vida,
Enche-o de Amor.
Logo que saibas
De um tempo livre à tua frente,
vai buscar o Amor.
Não penses: sofrerei.
Não penses: vão enganar-me.
Não penses: duvidarei.
Vai simplesmente, transparente,
Regozijando, em busca do Amor.
Que espécie de Amor?
Não importa.
Todo o amor
Está cheio de excelência, e de nobreza.Ama como puderes,
Ama a quem puderes tudo o que puderes...
Mas ama sempre
Não te preocupes com a felicidade do teu amor.
Ele tem em si mesmo a sua felicidade.
Não te julges incompleto
Porque não correspondem à tua ternura:
O amor tem em si mesmo a sua própria plenitude.
Sempre que haja um vácuo na tua vida,
Enche-o de AMOR."

Amado Nervo-Mexico-

Fiz uma porta de sonhos
com duas partes viradas
para as portas do jardim
os dias foram tamanhos
e de todos fiz os sonhos
que vivi dentro de mim...

Naquelas partes viradas
para as rosas do jardim
inventei uma esperança
de viver de quase nada
e minha vida inventada
do nada restou assim...

A alma nua e penitente
com a calma da manhã
e a memória do jardim
no sonho da primavera
convivendo de quimera
as duas partes de mim...


A. Estebanez

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

VENTOS



Passaram os ventos de agosto,levando tudo.
As árvores humilhadas bateram,bateram com os ramos no chão.
Voaram telhados,voaram andaimes,voaram coisas imensas:
os ninhos que os homens não viram nos galhos
e uma esperança que ninguém viu,num coração.

Passaram os ventos de agosto,terríveis,por dentro da noite.
Em todos os sonos pisou,quebrando-os,o seu tropel.
Mas,sobre a paisagem cansada da aventura excessiva - sem forma e sem eco,
o sol encontrou as crianças procurando outra vez o vento
para soltarem papagaios de papel.


Cecília Meireles-Brasil-

domingo, 17 de agosto de 2008

Arlequim.



A grande sala estava constantemente vazia.
O piano, às vezes, ficava aberto
e exalava um cheiro antigo de madeira, seda, metal.

As estátuas seguravam seus mantos,
Olhando e sorrindo, altas e alvas.

E eu parava e ouvia o silêncio:
o silêncio é feito como de muitos guizos,
leves, pequeninos,
campânulas de flor com aragem e orvalho.

Quando abriam as cortinas,
pela vidraça multicor o sol passava
e deitava-se no sofá como um longo Arlequim.

Meu coração batia quase com o mesmo som
daquele relógio de cristal
que se via brilhar entre pequenas colunas
brancas e douradas.

Tudo era calmo e belo
e naquele sofá o Arlequim de luz dormia.

Cecília Meireles

Preencho-te


Preencho-te,
contorno-te o corpo com as letras que te invento.
Faço-te, numa história de encantar,
um instante por revelar.
És folha branca onde deito as frases que me inspiras,
é virgem imaculada onde entrego em caracteres
os sonhos que me despertas.
Sinto o sabor da tua pele,
gosto salgado de um mar por secar,
lugar macio como seda onde adormeço.
És palavra, corpo de poetisa,
alma vagante,
que me afaga o corpo com a carícia das rimas.
És dia, és luz perpétua,
movimento constante que se entrega numa onda
sobre a areia solta da praia.
Traços, sobre curvas apertadas,
contornam a tua silhueta,
escrevo-te ao sabor do vento,
em campo aberto,
entre os seios doces que me ofereces,
por entre as sombras das tuas formas desnudas,
por todo o teu ser,
até tocar a alma,
nesta melodia inconstante que é o fogo da paixão,
o prazer que se solta de entre mãos.
De teus cabelos colho o perfume,
fórmula mágica que me enfeitiça,
água fresca que me desperta para este mundo mágico,
nova dimensão,
sensação de prazer eterno
onde cada letra representa um toque,
onde cada palavra é um beijo
e cada parágrafo um abraço terno
e sensual entre nossos corpos.


http://noite.do.sapo.pt/2007_02_01_arquivo.html

sábado, 16 de agosto de 2008

Saudades



Saudades o que são? São cinzas frias
Que foram fogo e luz no coração;
Mas cinzas tristes, pálidas e frias
Sepultadas no fundo dum vulcão.

Que são saudades? Sombras fugidias
Que em vão tentamos alcançar, em vão;
Sombras errantes pelas noites frias
Nos caminhos sem luz do coração.

Saudade é fumo que uma brisa ondeia,
Vento triste que chora por alguém;
Ondas mortas rojando-se na areia,

Sombras que vindas de outro mundo, além,
Formam a névoa que hoje me rodeia,
Sombras perdidas, sombras sem ninguém ...


Anrique Paço D'Arcos


Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.


Alexandre O'Neill

sexta-feira, 15 de agosto de 2008



A tarde vai morrer, calma como uma santa,
num êxtase de luz infinito e divino.
Há nas luzes do céu qualquer coisa que canta,
com músicas de cor, a tristeza de um hino.

Tudo, em torno de nós, se esbate e se quebranta.
Em nossos corações, como um dobre de sino,
e esperança agoniza; e a alma, triste, levanta
suas trêmulas mãos para o altar do destino.

Não é somente a tarde, a eterna moribunda,
que vai morrer, e espalha esta mágoa profunda
no nosso olhar, nas nossas mãos, na nossa voz...

É uma outra tarde — que nunca há de ser aurora
como a do céu será amanhã — que morre agora,
triste, dentro de nós...


Alceu Wamosy

Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.


Álvaro de Campos
heterônimo de Fernando Pessoa

AS PALAVRAS



São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?


Eugénio de Andrade


Se eu fosse um trem, garanto que eu seria
um trem daqueles velhos trens de outrora !
A uma estação eu nunca chegaria
senão depois de ter passado a hora.

O melhor da estação está na espera
do trem que vai passar e que atrasou
Se eu fosse mesmo um trem (ah, quem me dera !)
eu seria esse trem que não passou...

Eu seria esse trem retardatário,
cheio de lassidão, trem proletário,
que o povo espera sempre na estação,

numa esperança sempre renovada
de que esse trem lhe traga na chegada
um pouco de alegria ou de ilusão.



Autor desconhecido

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Eu, a lua e o vento!



Ontem à noite enquanto eu caminhava sobre a verde grama a lua sorriu lá no alto, então percebi que ela se aproximou e quis caminhar ao meu lado. Não pude me conter, logo quis abraçá-la firmemente para que revelasse ao meu coração o segredo de todos os apaixonados que diante dela se sentiram mais esperançosos no amor.
Parecia que ela me conhecia intimamente, pois todo pensamento que eu tinha, mesmo sem falar nada ela respondia, respondia as dúvidas, certezas e medos do meu coração.
Não se passou muito tempo e o vento sentiu-se necessário em estar na nossa presença, aproximou-se primeiramente como uma brisa leve, a medida que nós três caminhávamos e nos integrávamos, parecíamos um só, pois eu queria brilhar como a lua e voar como o vento, mas não um brilho para auto engrandecimento e nem voar para fugir, queria brilhar no coração de alguém e voar sempre em sua direção.
Já está estava quase amanhecendo, a lua necessitava partir e o vento cessar.
Lembro-me que não conseguir dizer, pensar ou fazer algo, a lágrima foi involuntária, a lua se fez pela última vez naquele momento comigo brilhar a minha lágrima no momento que ela se desprendeu de meu rosto com a força do vento que a levou embora.
Talvez a lua e o vento entendessem minha dor, por isso fizeram brilhar para me lembrar que ainda existe luz em meio à dor e a levaram para mostrar que tudo passa.

por RD! pensamentoexistencial.zip.net/arch2007-03-11_...

TEU AMOR



Tens o dom de ver estradas onde eu vejo o fim
Me convences quando falas não é bem assim
Se me esqueço, me recordas, se não sei, me ensinas
E se perco a direção vens me encontrar

Tens o dom de ouvir segredos mesmo se me calo
E se falo me escutas queres compreender
Se pela força da distância tu te ausentas
Pelo poder que há na saudade voltarás

Quando a solidão doeu em mim
Quando meu passado não passou por mim
Quando eu não soube compreender a vida
Tu vieste compreender por mim

Quando os meus olhos não podiam ver
Tua mão segura me ajudou a andar
Quando eu não tinha mais amor no peito
Teu amor me ajudou a amar

Quando o meu sonho vi desmoronar
Me trouxeste outros pra recomeçar
Quando me esqueci que era alguém na vida
Teu amor veio me relembrar

quarta-feira, 13 de agosto de 2008



A chuva cai lá fora sem descanso
Vibrando grossas gotas na janela,
Parecendo alguém que chama de manso
Mas não sendo ninguém, só ela.

Sinto o conforto do meu quarto
Donde vejo a chuva cair,
Desvio a cortina e pelo espaço parto
Em busca de algo, apetece-me sair.

Corro à chuva e ao vento do dia
Molhada, enregelada mas lavada,
Corri por atalhos que dantes conhecia
E julguei poder voar, maravilhada.

A rua é larga mas curta como a vida
E eu corro, tento apanhá-la
Em busca do paraíso perdido
Eu danço com o céu e tento conquistá-la.

Viajo no mundo em busca do Sol
E tudo me fascina, oh mundo!
Procuro a alegria e beijo um girassol
Num lindo prado verdejante sem fundo.

Não quero regressar à terra chuvosa
Quero viver a alegria do sol,
Quero viver em paz e em terra mimosa
E de manhã ouvir o canto do rouxinol.

A chuva cai lá fora sem descanso
Vibrando grossas gotas no varandim
Parecendo alguém que chama de manso,
Parecendo alguém que chama por mim.

polen.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_01.html

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Não me recordo



Não me recordo se havia alguma flor
no meu jardim.
Talvez fosse Verão... mas todas as manhãs, ao acordar,
inexplicavelmente sentia saudades de mim.

Só sei chorar em português. Se minha mãe soubesse...
Como detesto os meus brinquedos de criança.
Talvez fosse Verão, e houvesse flores...
Eu é que não fui um jardim na minha infância.

Todos os astros se perderam no infinito.
Que saudades eu sinto de não ter sido um outro.
Talvez fosse Verão, sei lá, e houvesse flores.
Só eu não fui ninguém entre o meu ser
e o sonho de outro.

(Poema de Heitor Aghá Silva)

sábado, 9 de agosto de 2008

Fazer amor



Fazer amor é andar por
Caminhos da alma
Com o toque de um beijo
Sem pressa...
Sentir o roçar da mão no ombro
Daquele que caminha ao lado,
Acordar sempre com um
Eu te amo,
Renovado e sincero...
Ver juntos o por do sol,
Em silencio ler um livro
Numa velha poltrona..
Fazer amor é pisar na eternidade,
Fazer estrelas e sentir
O perfume das manhãs,
Sorrisos de sol,
Olhos de mar...
Fazer amor é realizar sonhos,
Viver na consistência do céu...



Sonia

Cheiro de amor no ar



Acordei com suas mãos mornas
Alisando docemente o meu corpo
Não resisti me virei para ti
Você não recuou, continuou
Fui sentindo um arrepio colossal
Deixei-me levar pelos espasmos
Que provocavam um estremecimento
Em todo meu corpo
Teus lábios foram desvirginando-o
Quanto mais me beijava
Mais meu corpo flutuava
Não resisti me entreguei a ti
Deliciei-me com o teu prazer
Que dividia com o meu
Depois de um tempo...
Corpos suados... Exaustos
Mas completamente extasiados
O cheiro de amor impregnado no ar
E nós entrelaçados adormecemos
Depois do ato de amor consumado...



http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=23436

DANÇA



E eis que a vez da nossa dança chega,
nesta noite de todas as noites
peguei em teus braços e corpo e rodopiei,
os sentimentos á flor da pele
neste aconchego que são os nossos corpos,
atraindo todas as melodias da sala,
rodopiamos em passos arrepiantes,
passos arrojados e destemidos
de tão cadenciados que não entendo

olharomar


Se eu te murmurasse um poema
Da minha alma,
E deixasses que ele te inundasse de mim,
Verias em ti mil cores e mil sóis reflectidos,
Sentirias a força do meu sentimento
E a loucura ardente do desejo por ti.
Uma voluptuosa vertigem
Imensurável, incontrolável,
Decifrável pelos gestos meus,
Em teu corpo feito meu,
Em teu suor feito lágrimas minhas.
Em amor feito nosso.

polen.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_01.html

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Chove



Chove...
Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?
Chove...
Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino

José Gomes Ferreira

O VENTO



O vento é hóspede constante
maior viajante
que por aqui passa...
quando chega
me abraça
se sente em casa
repousa suas asas cansadas
sobre meu corpo em brasa...
Minha casa
não tem divisórias
todos os cantos
contam histórias
de amores para mim...

Minha casa é assim
janelas abertas
sem vidraças
portas escancaradas
para meu vôo sem fim

Cida Sousa

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Os gritos dos pássaros



Os gritos dos pássaros ouvem-se
Ao longe, longe
Como o meu pensamento que voa
Permanente fora de mim.
E se eu te disser que te conheço,
Que te vi em algum lugar,
Tu sorris-me e teus olhos dizem que sim.
Porque tu és eu e eu deixo-te voar
Para fora de ti, e de mim.
És um prolongamento do meu querer,
Do meu ser limitado,
Condenado, encarcerado,
Carregado de pesadas correntes invisíveis.
E tu ris-te!
As tuas gargalhadas desafiam-me,
A tua irresponsabilidade espicaça-me,
E giras em torno de mim.
És um diabrete!
És eu e eu sou tu.
Sem ti morrerei
E tu sem mim desvaneces-te
Como uma núvem fina e suave no céu azul,
E jamais ninguém se lembrará de ti
Quando ouvir o grito dos pássaros.

polen.blogs.sapo.pt/arquivo/2003_12.html

AMO- TE



Amo-te como a planta que não floriu e tem
dentro de si, escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.

Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,
amo-te diretamente sem problemas nem orgulho:
amo-te assim porque não sei amar de outra maneira,

a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham com meu sono.

Pablo Neruda

Meu Viver


Sobre o rio, a ponte,
A permitir a passagem,
De uma pra outra margem.

No meio da praça, a fonte,
Espelho d'água constante,
A embelezar o jardim.

No escuro da noite, a lua,
Com sua luz prateada,
Iluminando a fonte, a rua,
O rio, embaixo da ponte...

Em meu pensamento, você!
Minha ponte,
Minha fonte,
Meu jardim.
Minha lua,
Minha rua,
Meu viver!

Eliza Teixeira de Andrade

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Canção na plenitude


O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.

Lya Luft -

O MAR



O mar rumoroso que trago em mim,
um mar de sal e conchas que talham os pés,
um mar de areias, poeira, moluscos enterrados.
Te envio o mar que trago nas mãos e
desfio pérolas em contas de lágrima,
alívio, vento no rosto, maresia e iodo, coral.
Te envio o mar que trago nos olhos, ardidos,
cheios de terra, ondas e espuma,
um mar que pode estar perto de ti,
ainda que estejas longe dele.
Te envio o mar que trago na boca,
salitre, sol, palavras fugidias
que não escutarias com a rebentação.
Te envio o mar que faço em mim.

- Patrícia Antoniete

Quem nunca quis morrer
Não sabe o que é viver
Não sabe que viver é abrir uma janela
E pássaros sairão por ela
E hipocampos fosforescentes
Medusas translúcidas
Radiadas
Estrelas-do-mar... Ah,
Viver é sair de repente
Do fundo do mar
E voar...
e voar...
cada vez para mais alto
Como depois de se morrer!

Mário Quintana

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Seu olhar, meu mar


Seus olhos
São como dois rios
de águas cristalinas
Que correm sem parar
Rumo ao oceano de amor
Nesse oceano de amor
Onde as ondas se elevam
Reluzem transparente
Qual diamante lapidado
Sinto em meu coração
Essas ondas baterem
com esperança
E nesse mar tempestuoso
Somente seu amor
Me deixa esperançoso
Estrelas surgem no céu
E são de um azul profundo
Trazendo calma e paz
para meus sonhos
Seus olhos
transmitem uma beleza infinita
E nessa madrugada tranqüila
Quando em seus olhos olhar
Verei que são como dois rios
Que correm de encontro ao mar

Osmar Galani


Quando olho para o céu
me vem a lembrança nostálgica
dos tempos em que sonhava.
Viajava entre as estrelas
e descobria novos mundos.

Hoje, eu percebo, não sonho mais.
Olhando para cima penso
apenas nos milagres que não
mais presenciarei quando partir.

Agora me atenho à minha volta.
Quero aproveitar o que perdi.
Viver o que não vivi.

(Norberto Kawakam

PASSAROS E PEDRAS


Pássaros e pedras não podem caminhar juntos!
As pedras criam poeira e musgos;
os pássaros são visgos no ar.
As pedras são rudes, organizam muros;
enquanto os pássaros roçam mundos,
atravessam virtudes.
Pássaros e pedras são únicos,
jamais serão unos.
Como ciscos nos olhos, as pedras riscam;
os pássaros batem pálpebras, aliviam o olhar.
Com pedras se constroem prédios;
a partir de árvores, aprende-se a voar.
Pássaros e pedras nunca estão no mesmo lugar!
Uma pedra no ar agride o azul;
um pássaro dá asas ao sol.
As pedras no caminho lapidam-se em espanto;
os pássaros – companheiros do vento –
aliam-se ao seu instinto.
As pedras não alcançam os pássaros
e rendem-se à gravidade da Terra
caindo sobre suas próprias pernas;
os pássaros avançam acima das pedras
alcançam espermas
irradiam óvulos
e sucumbem à vida eterna!

João de Abreu Borges

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

De libélula à borboleta


Fugistes querida, bem sei, para em teu castelo te ocultar!
Por que te amedrontas tanto assim? Duvidas de mim?
Não resistes aos meus galanteios, ou outro tens a te encantar?
Não vê que por pouco tempo te secretarás?
Pois no impulso do tempo teu casulo romperás?
Que fazes aí? Se nem o sol descortinas a raiar?
Tuas amigas, companheiras, já estão a te sondar.
Aflitas, querem te escutar. Não ouves o seu farfalhar?
Flores multicoloridas como tuas asas, aquí estão a te espreitar. Pensam... Que faz essa menina sem trabalhar?
Descansa sem parar? É a lei da Natureza: deve polinizar
Veja, estrelas estão a brilhar! E, nossos olhos a encantar.
Sai Amor! Todos estão a te esperar.
E eu, sofrendo, ansioso, a te aguardar.
Não precisas tanto te enfeitar. És bela como o Luar.
Fostes obra da Mãe Natureza, e até a Lua está a te invejar.
Vem querida, não demore ...
Pois, louco estou pra te beijar. E, tuas faces acariciar.
Elas rubras como carmim, a me aceitar. Ah, deixa-me sonhar!
Sai amor, este "casulo" é pobre, é escuro,
não serve pra te abrigar, te aconchegar. Muito mais estou a te ofertar.
O Castelo é lindo, crê em mim, vais adorar!
Em noites enluaradas, horas e horas, sem fim, me ponho a pensar.
Que fiz de tão mal, ó Deus, pra sofrer tanto assim?
Quantas noites ainda devo aguardar, pra minha Princesa se aprontar.
Por que me rejeitar?
Se em seus pés coloco todo o meu Ser, todo o meu Viver.
Outro tens disputando o teu coração?
E, pensas em lhe dar a mão. Estas Belas Asas Azuis, Não!
Não resistirei, e ele enfrentarei .
Pensa enquanto aí estás, só amar?
O que vais ganhar?
Sei que fugistes para meditar.
Pois não era hora de tuas vestes trocar!
Só peço: não tardes tanto!
Posso perder o encanto! E, nos caminhos de tua vida
Outro podes, não encontrar que tão enamorado e ardente esteja
Que tanto se exponha e, te deseja!
Em uma noite de luar outro sincero amor encontrar.
Seu Príncipe Encantado, seu Eterno Namorado
O Pirilampo Enamorado!

http://www.comamor.com.br/libelula.asp

domingo, 3 de agosto de 2008

VENTO


Todos os dias
Quero saber onde estou,
Para onde me levaste…
Enquanto lias
Poemas de quem sou,
Não sei se notaste…
Meus olhos espreitavam,
Simulava dormitar,
Quase vi tudo…!
Meus poemas voavam,
E voavam pelo ar,
Enquanto os lias
Quase mudo…
Mas não vi tudo…
Hoje acordei,
E não sei
Onde posso estar.
Sem poemas,
Sem nada
Vou caminhar
Por esta estrada.
Quando te encontrar,
Vou sussurrar no teu ouvido:
Os meus poemas sobre o mar
Não são nada sem o teu zumbido!…

Daniel de Jesus

UM POEMA PARA CHAMAR DE SEU


O tempo corre e me leva junto
O seu rosto aparece sempre em meu olhar
O sorriso invade o meu coração
Quando olho pra você nem sei o que pensar

Os pensamentos invadem a minha rotina
Colho a minha sina de não parar de pensar em você
Parece que o seu olhar me domina
Porque em nenhum segundo eu consigo te esquecer

E passo horas aqui sozinha
Imaginando quando é que eu vou te ver
As horas se arrastam e o tempo me agride
Você não é muito fácil de entender

Quero você por inteiro, por completo
Quero me entregar por inteira, ser sua
E que a cidade assuma que já esperava por nós
Quero o nosso amor lindo como é a lua.

Germana Facundo