sexta-feira, 29 de outubro de 2010

PÔR - DO - SOL


És único, mágico!
Suas cores vão se matizando
Assim como as cores de nossas vidas.
O céu se modifica, nuvens solitárias,
Carregadas, se rendem ao encanto,
Absorvem suas cores vibrantes...
O espetáculo torna-se exuberante!
Paro maravilhada com sua mutação...
Minha alma chora um pranto de alegria
Por tamanha harmonia.
Sinto seu poder invadir meu ser,
Acalmar os medos que senti um dia.
Recordo-me que sempre
Trazia nostalgia, um medo incontido,
Insano,
Inexplicável.
Doente estava.
Hoje, não o vejo como inimigo,
Mas como a mais perfeita transmutação
Da natureza.
Tendo a certeza que amanhã o sol nascerá
Imponente...
E outro pôr-do-sol virá com seu encantamento. 

Neide Salles
Imagens Eduardo Poisl

terça-feira, 26 de outubro de 2010

AMO-TE PELO AMOR

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Amo-te pelo simples ato de amar.
Não espero nenhuma recompensa.
Ofereço-te a minha alma imensa,
mas, sem nada em troca ambicionar.

Amo-te como amam as belas flores,
entre os lírios, jasmins e as violetas,
contracenando com as borboletas,
enfeitando os meus sonhos de cores.

Amo-te, enfim, como se toda a vida,
dependesse deste único sentimento,
o qual traz-me entusiasmo e alento,
para ofertar-te. Oh minha querida!

Marco Orsi

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"SERIA TÃO MAIS SIMPLES"

Seria muito mais simples, se eu não perdesse o ar.
E os murmúrios não evidenciassem o estado ávido
Se me fosse indiferente tão dentro do meu o olhar
Onde originou meus sonhos, irrigou o chão árido.

Como ficar apática a este olhar sôfrego e intenso?
Como ser indiferente a compressão do teu abraço?
Se a conivência da saliva mantém o braseiro denso.
E em todos os vãos de mim, são tuas mãos que caço.

Seria tão melhor na fantasia dos versos permanecer
Não mais hospedar lembranças que volta e meia vem
Trazer confissões e deleites, ancorados neste querer.
Ofuscar esta inquietude que me transforma em refém

No ventre,borboletas inquietas querem o vôo perfeito
Da textura,o calor da pele, minha cabeça em teu peito.

Glória Salles
 

domingo, 17 de outubro de 2010

JUNTO AO MAR

Chego para te ver junto ao mar
È ali que gostas de estar sentada
Procuro no passadiço pelo teu olhar
Olhos que são leais de bela encantada
Chego para te ver junto ao mar
É ali onde a onda é quebrada.

É imaginação sem sentido
Caminhar pela praia na tua procura
Querer ouvir do mar se te sou esquecido
E olhando as gaivotas na minha loucura
É imaginação sem sentido
Chorar de saudade pela tua ternura.

saldanossapele 
 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

DO AMOR


Do amor conheci todas as ausências...
todas as tolerâncias e todas as minhas carências!
No amor...descobri todas as harmonias
todas as fantasias e todas as suas alegrias!
Do amor eu encontrei toda a solidão...
toda a paixão e toda a minha salvação!
No amor distingui todos os prazeres
e todos os dizeres e todos os seus deveres.
Do amor eu conheci todos os queixumes...
todos os seus perfumes e todos os meus ciúmes!
No amor eu vivi todos os delírios...
e todos os martírios;
todos os beijos e todos os nossos desejos!
No amor derramei todas as lágrimas...
declarei todas as máximas!
também encontrei todas as flores
com todos seus odores!
No amor deparei com todos os mistérios
e todos os seus critérios!
E todos eu levei...apaixonadamente...a sério!

Do amor desvendei todas as mágicas...
usei todas as táticas e descobri todas
as cartas enigmáticas!
No amor encontrei toda ternura...
toda candura e todas as desventuras!
No amor encontrei toda a riqueza...
toda a leveza e toda a sua pureza!
Do amor percebi toda sua magnitude...
toda a sua juventude e toda sua inquietude!
No amor eu encontrei todos os sabores...
todos os calores e todos os dissabores!
No amor busquei tudo que ele nos traz :
todo bem que ele nos faz...
E de todo o seu Universo descobri a Paz

(Marilena Frade) 
Fotos Eduardo Poisl
 

domingo, 10 de outubro de 2010

ÉRAMOS NÓS


E então, éramos nós
um corpo e outro,
entregues, envoltos
na noite, faróis
Éramos nós

E então, duas peles
de cores irmãs,
trocavam sabores,
rompiam manhãs
Éramos nós

E então, éramos nós
do tempo esquecidos
de carne ,tecidos,
ardendo, a sós
Éramos nós

E então, artistas que somos,
brincamos de cores, com nossos lençóis
Os pincéis que usamos?
Trouxemos guardados, bem dentro de nós
Éramos nós

E mais nada havia,
na casa vazia,
tão cheia de nós
E o tempo de ir,
se aproximava
e a saudade chegava
precisa, veloz
Éramos nós... 

Ana Maria Vergne de Morais
 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

ARREBOL

A bruma
sobre o mar,
o arrebol
do céu escurecido
e o mar morno
com aroma de verbena
batendo na ilha
no o final do poente.
Me vem à mente
os teus poemas
e a eufonia
e neste instante,
eu levito em
cima do mundo!

Tossan
http://klictossan.blogspot.com/

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

SAUDADE...

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Do tempo que eu não tinha medo...
Das minhas noites tranqüilas,
Do dia chuvoso e nublado...
Ah... saudade! Por que me aniquilas?!...

Saudade
Da paz que nem eu sabia que tinha...
Do jardim colorido e molhado
Da rosa que era só minha,
Do beijo ingênuo e roubado!...

Saudade
Do sorriso alegre no rosto,
Dos olhos que ainda brilhavam!
Do cheiro, do toque e do gosto,
Dos lábios que se encontravam!...

Saudade
Das tuas mãos nas minhas,
Do abraço quente e apertado,
Do sino e das andorinhas,
Do amor eterno jurado!...

Ginna Gaiotti