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O que eu adoro em ti
Não é sua beleza
A beleza é em nós que existe
A beleza é um conceito
E a beleza é triste
Não é triste em si
Mas pelo que há nela
De fragilidade e incerteza
O que eu adoro em ti
Não é a tua inteligência
Mas é o espírito sutil
Tão ágil e tão luminoso
Ave solta no céu matinal da montanha
Nem é tua ciência
Do coração dos homens e das coisas
O que eu adoro em ti
Não é a tua graça musical
Sucessiva e renovada a cada momento
Graça aérea como teu próprio momento
Graça que perturba e que satisfaz
O que eu adoro em ti
Não é a mãe que já perdi
E nem meu pai
O que eu adoro em tua natureza
Não é o profundo instinto matinal
Em teu flanco aberto como uma ferida
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza
O que adoro em ti lastima-me e consola-me
O que eu adoro em ti é a vida!
Manuel Bandeira
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
terça-feira, 29 de setembro de 2009
O POÇO
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Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.
Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?
Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.
Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.
Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.
Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.
Pablo Neruda
Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.
Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?
Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.
Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.
Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.
Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.
Pablo Neruda
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
¨SOU ASSIM¨
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A constante espera do acerto
o defeito da busca de mais,
o confronto de tudo; inexato...
sou o fato fugindo dos ais
Sou a chave de seu teorema
estratagema de sua ilusão;
e perdido entre o fim e o começo
sou o tropeço de sua aversão...
Sou a deixa que você supõe
desacerto maquiado de bom,
sou a túnica que cobre seu corpo
sou o gosto que tem seu batom...
Sou de longe o que de perto sente
o presente que você não previa,
sou ausência rimando; carência
sou muito mais do que você imagina.
Marçal Filho
A constante espera do acerto
o defeito da busca de mais,
o confronto de tudo; inexato...
sou o fato fugindo dos ais
Sou a chave de seu teorema
estratagema de sua ilusão;
e perdido entre o fim e o começo
sou o tropeço de sua aversão...
Sou a deixa que você supõe
desacerto maquiado de bom,
sou a túnica que cobre seu corpo
sou o gosto que tem seu batom...
Sou de longe o que de perto sente
o presente que você não previa,
sou ausência rimando; carência
sou muito mais do que você imagina.
Marçal Filho
domingo, 27 de setembro de 2009
“APRENDENDO A VERSEJAR”
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Procuro por alguém
Que me ensine a versejar...
Quero escrever um poema,
E a ti ofertar...
Não quero ser poeta,
Muito menos escritor...
Mas escrever algumas linhas,
Para demonstrar meu amor...
Não sei quanto tempo
Vou demorar em escrever...
Mas será especial,
E gostoso de ler...
Estou certo deste amor
E de ninguém vou esconder...
Publicarei em jornal,
Assim que aprender...
RAUL DIAS
Procuro por alguém
Que me ensine a versejar...
Quero escrever um poema,
E a ti ofertar...
Não quero ser poeta,
Muito menos escritor...
Mas escrever algumas linhas,
Para demonstrar meu amor...
Não sei quanto tempo
Vou demorar em escrever...
Mas será especial,
E gostoso de ler...
Estou certo deste amor
E de ninguém vou esconder...
Publicarei em jornal,
Assim que aprender...
RAUL DIAS
sábado, 26 de setembro de 2009
NÃO ME ESQUEÇAS
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Por favor, não me esqueças,
Só porque o mundo gira e rola,
As aves evadem-se para Norte
E as flores recolhem-se, no silêncio..
Por favor, não me esqueças,
Nem quando a lua se esconde, no céu,
E as nuvens viajam, clareadas,
Na noite que desce sobre nós.
Por favor, não me esqueças,
Até que eu chegue ao sol poente
E me volte para ti, acenando,
Suba o arco-iris, cantando,
E desapareça na névoa e no mar..
Só, então, sim, tu podes, tu deves
Esquecer-me. Não serei mais
Que uma onda de espuma
Banhando a areia.
ILona Bastos
Por favor, não me esqueças,
Só porque o mundo gira e rola,
As aves evadem-se para Norte
E as flores recolhem-se, no silêncio..
Por favor, não me esqueças,
Nem quando a lua se esconde, no céu,
E as nuvens viajam, clareadas,
Na noite que desce sobre nós.
Por favor, não me esqueças,
Até que eu chegue ao sol poente
E me volte para ti, acenando,
Suba o arco-iris, cantando,
E desapareça na névoa e no mar..
Só, então, sim, tu podes, tu deves
Esquecer-me. Não serei mais
Que uma onda de espuma
Banhando a areia.
ILona Bastos
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
LETE DIAS E PEDRO MIRANDA
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Perco-me no teu olhar…
Que não consigo mesmo ilustrar
Doce, meigo a me olhar .
Quero só te enlaçar!
Sentir este teu doce aroma
Invadir os meus sentidos.
E sentir o teu anseio ...
Te dar a umidade do meu beijo
Trocar sabores e desejos .
Vem... Quero te sentir
Teu corpo esculpir
Tua alma invadir!
Lete Dias
Te molhar
Quem me dera ser água
Água de suor
Água de banho
Água de chuva
Água de lágrima para rolar em teu corpo
Te sentir
Te molhar
E depois meu corpo ser sol para te secar.
Pedro Miranda
Perco-me no teu olhar…
Que não consigo mesmo ilustrar
Doce, meigo a me olhar .
Quero só te enlaçar!
Sentir este teu doce aroma
Invadir os meus sentidos.
E sentir o teu anseio ...
Te dar a umidade do meu beijo
Trocar sabores e desejos .
Vem... Quero te sentir
Teu corpo esculpir
Tua alma invadir!
Lete Dias
Te molhar
Quem me dera ser água
Água de suor
Água de banho
Água de chuva
Água de lágrima para rolar em teu corpo
Te sentir
Te molhar
E depois meu corpo ser sol para te secar.
Pedro Miranda
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
QUANDO O AMOR ACONTECE
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Quando o amor acontece
deixa-se logo a mostrar,
e o que no coração tece,
pontos se juntam a perpetuar.
Quando o amor acontece,
a vida se põe em construção,
tijolos, cimento, e envelhece,
numa existência de união.
Quando o amor acontece,
tudo acontece por opção,
sentimento que enaltece,
transbordando de emoção.
Quando o amor acontece,
duas pessoas juntas, paixão,
o começo de um enlace,
que formaliza, celebração.
Quando o amor acontece,
é preciso uma dose de ação,
e com o tempo fortalece,
o amor, vindo desta união.
Betânia Uchôa
Quando o amor acontece
deixa-se logo a mostrar,
e o que no coração tece,
pontos se juntam a perpetuar.
Quando o amor acontece,
a vida se põe em construção,
tijolos, cimento, e envelhece,
numa existência de união.
Quando o amor acontece,
tudo acontece por opção,
sentimento que enaltece,
transbordando de emoção.
Quando o amor acontece,
duas pessoas juntas, paixão,
o começo de um enlace,
que formaliza, celebração.
Quando o amor acontece,
é preciso uma dose de ação,
e com o tempo fortalece,
o amor, vindo desta união.
Betânia Uchôa
DECLARAÇÃO
As aves, como voam livremente
num voar de desafio!
Eu te escrevo, meu amor,
num escrever de libertção.
Tantas, tantas coisas comigo
adentro do coração
que só escrevendo as liberto
destas grades sem limitação.
Que não se frustre o sentimento
de o guardar em segredo
como liones, correm as águas do rio!
corram límpidos amores sem medo.
Ei-lo que to apresento
puro e simples - o amor
que vive e cresce ao momento
em que fecunda cada flor.
O meu escrever-te é
realização de cada instante
germine a semente, e rompa o fruto
da Mãe-Terra fertilizante.
António Jacinto
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
QUANTO DE TI AMOR
Quanto de ti amor. Me possui no abraço
Em que de penetrar-te me senti perdido
No ter-te para sempre-
Quanto de Ter-te me possui em tudo
O que eu deseje ou veja não pensando em ti
No a braço a que me entrego-
Quanto de entrega é como um rosto aberto,
Sem olhos e sem boca, só expressão dorida
De quem é como a morte-
Quanto de morte recebi de ti,
Na pura perda de possuir-te em vão
De amor que nos traiu-
Quanta traição existe de possuir-se a gente
Sem conhecer que o corpo não conhece
Mais que o sentir-se noutro-
Quanto sentir-te e me sentires não foi
Senão o encontro eterno que nenhuma imagem
Jamais separará-
Quanto de separados viveremos noutros
Esse momento que nos mata para
Quem não nos seja e só-
Quanto de solidão é este estar-se em tudo
Como na ausência indestrutível que
Nos faz ser um no outro-
Quanto de vida consumimos pura
No horror e na miséria de, possuindo, sermos
A terra que outros pisam-
Oh meu amor, de ti,
por ti, e para ti,
Recebo gratamente como se recebe
Não a morte ou a vida, mas a descoberta
De nada haver onde um de nós não esteja
Jorge de Sena
AMANHECER
Hoje o dia amanheceu mais florido,
porque mais amor tenho por você.
Hoje amanheci mais feliz,
porque sei que estarás
constantemente ao meu lado.
Hoje amanheci te querendo
mais do que a própria vida.
Amo e farei tudo
o que tu quiseres
para estar
sempre e eternamente
ao teu lado.
Amália de Alarcão Ribeiro Martins
terça-feira, 22 de setembro de 2009
DIA DE CHUVA
Amanheceu a Chover
Na vidraça do meu quarto,
A bater, impertinente.
A chuva lembra uma queixa
Dolorosa, sem remédio!
Ninguém passa! Nesta rua
Moro eu e mora o tédio.
O vento atira com ela
De encontro a minha janela;
E ela, a chuva, batucando
Na vidraça do meu quarto,
Fica escorrendo e alagando
Esta indecisa luz fria
Que põe sintomas de um véu
Negro e solto pelo céu.
E a chuva cai, não abranda,
Insiste,bate,fustiga,
E o dia avança e vai abrindo mais
O seu curso de lentas melodias
Diluídas no corpo de existência
Através de um rosário de ilusões.
São sempre assim estes dias
Tristíssimos como a história
De uma ansiedade partida!
Chuva, névoa,desconforto,
A imagem da minha vida!
Antonio Botto
PROCURO O LIMITE
Procuro o limite do inexistente
Num abraço de estrelas quentes
Sopro brisas de cores suaves
Agarro esperanças de sorrisos
Orvalhados com lágrimas de saudade
Toco em pétalas de vida
Difundidas no tempo que flui
Sem piedade da vida que se perdeu...
Não...
A mesma renasce
Qual fonte mágica exuberante
Sem descanso!
Apenas o limite do inexistente
Poderá secá-la...
Por isso prosseguirei a minha busca
Levo comigo um raio de sol
Uma lágrima de prata
Um beijo de ouro
Envolta no abraço de estrelas
Até ao dia em que encontre o inexistente
Que afinal... nem tenho pressa de encontrar..
A FLOR DA PELE
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
EU TE AMO
Você
que acorda o meu ser neblinado
fazendo nascer o sol por entre as nuvens
e transbordando sobre o meu coração
cahoeiras de paixão, promessas e saudade.
De ti surgiram as carícias
os sonhos e o amor,
nos teus beijos eu renasço a cada dia
e o teu corpo junto ao meu
é puro prazer e magia.
Encontrei-te, meu amor.
Eu te quero, te desejo.
Quando estou com você
a carência se apaga.
O olhar brilha, o sorriso cintila.
Você está comigo!
E assim sinto minha existência tão plena
como se o universo todo
sobrevivesse em mim.
Eperante toda esta paixão
e esse amor que tomou conta do meu coração
só posso lhe dizer
EU TE AMO!
Ana Amélia Donádio
domingo, 20 de setembro de 2009
VOU DANÇAR
Vou dançar este amor contigo numa ilha
sem nome ao som dos sussurros
Que os teus lábios não conseguem guardar.
E vou ouvi-los em forma de gemidos entrelaçados no som do mar...
E ao arquejar do meu corpo,
a cada compasso dessa melodia que vamos cantar...
Saberás que te amo mais que à vida
e que dançarei até ao fim...
E de ti soltarás a nascente de fogo
e de vida que desaguará em mim...
E, de seguida, estenderás os braços num
abraço para que adormeça em ti!
E eu sentirei o beijo com que fechas as
cortinas da noite em que fiz amor contigo assim...
Daquela noite enlevada nas palavras e no nosso sentir
Daquela distância tão próxima do nosso amor
A tua voz tremia e o teu coração chamava por mim
Amo-te
Cristina Fidalgo
sábado, 19 de setembro de 2009
CAMINHO
Você disse que o amor valia a pena,
que era uma síntese de palavras
cortadas e que eu nao deveria
ter medo... eu não quis acreditar
quando me disse isso e saiu
maldizendo as coisas e se
arrependendo de tudo, da
droga do futuro que nao veio
e nunca iria chegar, era cegar
meus olhos e tapar meus
ouvidos, meus gemidos em
gritos loucos... você nao me
entendeu, escureceu numa
tarde calma de verão e eu tinha
só o inverno dentro de mim...
não era só transpor, traduzir um
verso antigo, um texto desconhecido...
você escqueceu de traduzir a mim quando
disse que me entendia, mas não
conseguiu sequer ler uma letra
do meu caminho...
eu sempre ando sozinho...
Arruda bonfáh
PÁSSAROS E PEDRAS
Pássaros e pedras não podem caminhar juntos!
As pedras criam poeira e musgos;
os pássaros são visgos no ar.
As pedras são rudes, organizam muros;
enquanto os pássaros roçam mundos,
atravessam virtudes.
Pássaros e pedras são únicos,
jamais serão unos.
Como ciscos nos olhos, as pedras riscam;
os pássaros batem pálpebras, aliviam o olhar.
Com pedras se constroem prédios;
a partir de árvores, aprende-se a voar.
Pássaros e pedras nunca estão no mesmo lugar!
Uma pedra no ar agride o azul;
um pássaro dá asas ao sol.
As pedras no caminho lapidam-se em espanto;
os pássaros – companheiros do vento –
aliam-se ao seu instinto.
As pedras não alcançam os pássaros
e rendem-se à gravidade da Terra
caindo sobre suas próprias pernas;
os pássaros avançam acima das pedras
alcançam espermas
irradiam óvulos
e sucumbem à vida eterna!
João de Abreu Borges
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
SER... POESIA
Poesia na ponta do lápis.
deslizando suave pelo papel,
Falando de amor, paixão ou
amizade.
Todas com total perfeição...
poesia que fala da alma...
da dança rondando o salão,
das risadas das crianças,
ou do choro que amarga
a boca, a lágrima ...um clarão!
Poesias dos cânticos de roda,
um ramalhete, em versos ou prosa
mas ainda palavras,
vindas do nosso coração.
poesia, uma declaração
de amor, uma breve canção...
Carregando meu sentimento,
livre, sem asas...
pela imensidão!
Betânia Uchôa
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