terça-feira, 17 de junho de 2008

A PRAIA E A POESIA


No horizonte, montanhas acinzentadas,
Pois esta é a cor que colore a tristeza.
Quedam-se imóveis e com certeza,
À distância as faz sofrer, apaixonadas!

Invejam as ondas, que invejam a areia.
Que a planta dos seus pés pode tocar
As ondas do mar, loucas, no ir e voltar,
Parecem querer fazer ali, a maré cheia!

E rugem, rolam, espumejam impotentes.
Dá para perceber o que estão procurando,
Mas não estão sós, pois todas as gentes,
Que estão ali a olhar também, desejando...

Nas lindas pernas da poeta se enroscar.
Que indiferente a tudo, está a se bronzear...


Pedro Paulo da Gama Bentes

Nenhum comentário: