domingo, 12 de outubro de 2008

Arco-íris


O sol, dia após dia, não queimava
o meu corpo soturno e sombrio.
E eu ambicionando um mar de lava
que me abrasasse o coração vazio...

A cada noite a lua minguava,
no meu quarto, crescente só o frio.
E eu ansiando a luz que fosse escrava
dum farol que orientasse o meu navio...

Foi então que te vi, de sete cores,
avivando o meu céu, serena e nua,
num arco que apagou todas as dores.

Encheste de clarões a minha rua,
cobriste a minha cama de mil flores,
tornaste-te meu sol e minha lua.


(Poema do Fernando-Cidadão do Mundo)

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