segunda-feira, 13 de outubro de 2008

MEU AMOR


Se eu pudesse enrouquecer-me
para que os meus gritos não te soassem a lamentos
aflitos e a medos do longe de ti
guardaria todos os soluços nas paredes do vento
e cobrir-te-ia apenas de sorrisos
e dos pedaços de vida que em ti vivi
Se eu pudesse saber-me na concha dos teus braços
sempre que os teus passos te querem trazer a mim
vestiria de sonhos o meu regaço
e de veludo as minhas mãos sem graça
para que sentisses na pele a seda
que teceria concerteza ao sorver dos teus lábios a saliva
que me saciaria de ti
Mas não posso, meu amor, nem sei
mais que amar-te para além do que é verdade
mais que deixar na tua boca o eco da saudade...
E dar-te-me como eu me dou!

Cris (Do silêncio e da pele)

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