segunda-feira, 29 de junho de 2009
Dualidade
Somos quem somos?
Esta dualidade que me permeia confunde.
Difunde, margeia, semeia caos, candeia
Sem luz, não conduz, contunde, mareia.
Fomos quem somos?
Tempo, areia me enterra ou aterra,
me apoia ou me prende,
me tolhe ou distende,
me cala ou me berra.
Calor e frio, vazio, completo
carente, repleto, sonhador, concreto.
Dualidade, maldade, fiel sem balança,
andança, estaguinação, mansidão, pujança.
Metade de mim arde, a outra congela.
Metade de mim é vida, a outra mazela.
Metade de mim irrompe, a outra afunda.
Metade de mim é glória, a outra imunda.
Seremos quem fomos?
Somos quem somos?
Dualidade, perversidade ou caridade?
Torvelinho, remanso, ação ou descanso.
Não sei! Se alguém sabe me conte.
Mas conte de manso
Jorge Amado
Imagens Eduardo Poisl
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6 comentários:
muito bacana o poema de hj, nos faz pensar na vida e em nos mesmos.
bjosss...
Delícia de blog!
Sinto bem vir aqui.
Muita luz à você.
Fotos contagiantes!
Beijinhos!
Também não sei, se eu tivesse essa resposta talvez pudesse dar um pouco de paz a um coração cansado...
"Metade de mim arde, a outra congela.
Metade de mim é vida, a outra mazela.
Metade de mim irrompe, a outra afunda.
Metade de mim é glória, a outra imunda"...
Muito lindo meu querido!
Bjinhos da Madrasta!
Gostei desta dualidade. Parabéns pelo seu espaço.
Cumpts,
Cristina Fernandes
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