domingo, 30 de novembro de 2008



Ontem beijaste-me.
E mais uma vez o meu corpo reconheceu
que a tua boca nasceu para me beijar.
Cada toque da tua boca em mim fez nascer um rio de vida.
De uma vida doce, sensual, quente e cheia de desejos.
De uma vida amarga, proibida e necessária.
Necessária sim,
Porque faz de mim um homem.
Quantas vezes esqueço que tenho desejos,
Ânsias e loucuras.
Quantas vezes o meu corpo desperta
E, louco, adormeço, sem sonhar…
Quantas vezes o sonho, teimoso,
Desperta o rio que jaz em mim,
Ansioso por percorrer o corpo, que
Te deseja, que esquecido, não te
Esquece.
A tua língua, voraz, molhada, quente,
Atrevida, doce, misturada pelo café que
Partilhamos, pelo cigarro que fumamos,
Pela língua que lambeste e mamaste,
Deixando-me sedento de ti,
Ontem beijei-te, sôfrego, sequioso de ti,
Do teu sal, da tua pele morena, que em
Saudades recordo,
Lambi-te,
Mamei-te,
Bebi a tua saliva, saboreei o teu
Gosto, delineei-te os lábios, recordando
O caminho que sonhei, que vivi, que
Amei.
Sim.
Amei.
Talvez ainda ame…
Ontem beijámo-nos.
Amantes proibidos.
Ontem fomos livres.


efeneto*

Um comentário:

poetaeusou . . . disse...

*
a sensualidade,
sempre presente
em efeneto,
,
abraço,
,
*