terça-feira, 9 de dezembro de 2008

DOIS CAMINHOS


Frágil e palpitante luz
A beleza é feita de ternos murmúrios
A voz quebra a quietude do silêncio
A chuva leva a terra ao encontro dos rios

Não há fracassos no sonho
Caminhei nas nuvens para te ver do alto
Abri os braços ao relâmpago
Desci à terra, senti nos pés o frio basalto

Incessantes são as marés
Olhos sitiados no caminho
Não é o temor que me aflige
Apenas o lado escuro do destino

Dancei com a verdade da terra
Ergui-me nu ao vento
Fundi-me com o sol
Parei o tempo por um momento

Percorri cada caminho que me encontrou
Sempre contigo no fundo de mim
Arranquei à terra maduros sonhos
Confundi o princípio com o fim

Subi com o olhar o voo dos pássaros
Embriaguei-me na minha solidão
Matei a sede com o frescor das hortênsias
Afastei o acaso, aprisionei a razão

Depositei as minhas súplicas
No espelho de uma lagoa azul
Não sei que caminhos trilhei
Na incessante procura do sul

Escutei o pranto e o riso
É sinuosa a viagem da paixão
Indomável é a vontade do amor
No querer há tanta contradição

Porque na terra o tempo continuará a existir
O pão e o louvor estarão em todos os destinos
Um espesso tapete de folhas molhadas
Pintam a indecisão de…Dois Caminhos…


http://profeciaeterna.blogspot.com/

Um comentário:

Sonia Schmorantz disse...

Especial este texto...especial demais.
Te amo
boa quarta feira
beijos