segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O TEMPO DA ETERNIDADE


Hoje aprisionei o tempo
Numa simples gota de orvalho
Pedi à lua, roguei às estrelas
Encontrassem teu coração magoado

Secretamente recolhida na noite
Delicada gota com a luz da ternura
Fiz calar a voz do sentido pranto
Ribeiro que transporta a água mais pura

Os murmúrios de uma história secreta
Pararam na parte em que estavas feliz
Uma flor depositou no vento a semente
Leva a cor que com tua alma condiz

Denso aroma de laranjeira
Parei a dor e a saudade
Retive um radioso sorriso teu
Para adornar a eternidade

Será que parei também a eternidade?
Teus olhos fechados reverberam a luz
Todos os caminhos têm um sonho
A brisa na sua passagem o teu coração seduz

Um aguaceiro ficou suspenso
O dia parou radiante
Detida a maré do desencanto
O mundo ficou cintilante

Um beijo ficou aguardar
Um abraço suspenso no ar
Uma errante nota parou no sopro
Um barco aguarda o navegar

Dormi tranquilamente sobre o vento
Coberto por este adormecido encanto
Dias, campos e estações esquecidas
Moldei meus sonhos no riso e pranto

Uni as ondas em aconchego
Pela terra da tua lembrança fiquei
Soltei o tempo no crepúsculo do pensamento
Juntei os perdidos sonhos que um dia te…dei…

http://profeciaeterna.blogspot.com

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