quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

IRMÃ CHUVA


Irmã chuva,
obrigado por teres vindo.

Trouxeste a paisagem adequada para a minha alma
doente de amor e melancolia. . .
Só a tua presença me faz bem e me acalma
neste dia. . .

Tua voz mansa e teu sussurro de vento
embalam em cantigas de ninar
meu coração. . .
Ah! só tu sabes falar assim ao sofrimento
e, na ponta dos pés, chegas, sem perturbar
a minha solidão. . .

Irmã chuva, obrigado por teres vindo
embalar meu coração agreste. . .
Só porque estou te vendo e estou te ouvindo,
nem podes calcular
o bem que me trouxeste. . .

J. G. de Araújo Jorge

5 comentários:

Codinome Beija-Flor disse...

Acho que a chuva tem esse poder mesmo de nos lavar a alma.
Abraços

Morango com leite condensado disse...

Olá!!!
Eu não gosto da chuva, mas gostei do poema. Muito bonito!


Bjos

Sonia Schmorantz disse...

Abro meus braços para o mar
Sinto meus pés afundarem na areia molhada...
Um imenso mar azul está à minha frente,
Refletindo gotas douradas pelo sol e areia.
Pensei em ti nesse momento e agradeci
Pelos beijos úmidos de maresia,
Pelo abraço apertado a me proteger do vento,
Pela íntima conversa silenciosa dos olhos...
Passos perdidos em meu caminhar
Sinto a areia molhada e minha alma
Marcada pela paisagem...
Este momento tem sentido na minha alma,
Este momento tem sentido na minha vida...
Uma lágrima serena escorre pela face
Formando um secreto sorriso...
Passado o vento na tarde que se fez outono
Em minha vida, esvaneceram alguns sonhos,
Mudou o tema da poesia,
Muitas histórias para contar...
Envelheceram as linhas do rosto e do corpo.
Mas o coração solto, liberto ainda quer amar.
Lento e invasivo, o amor chega sem avisar,
Outra vez laço de abraço e o gosto de um beijo.
Nos desvarios das horas na praia...
Continuo meu passeio na areia molhada
Perdida na memória dos meus passos
Vou deixando as ondas para trás e
Sigo em tua direção para te encontrar
Além da estrada, além do tempo para
Viver este presente de amor...

Lembra desta?
Pois é...somos nós
te amo
beijos

CarlaSofia disse...

Gostei deste poema à chuva e para a chuva. O som da chuva a cair adormece-nos num conforto interior ou limpa a alma das suas angústias.
Deixo aqui um beijinho de LUZ

Hugo de Oliveira disse...

Gostei do poema, mas por estes lados a chuva está a abusar e não parece que se vá embora tão cedo!

^^