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Basta um pouco de dia nos olhos claros
como o fundo de uma água, e a raiva a invade,
a aspereza do fundo que o sol lamina.
A manhã que retorna e a encontra viva
não é tênue nem boa: perscruta-a fixa
entre as casas de pedra que o céu encerra.
Sai o corpo pequeno entre a sombra e o sol
como um lento animal, espreitando ao redor,
sem olhar para nada a não ser as cores.
Sombras vagas que vestem a estrada e o corpo
escurecem-lhe os olhos, meio entreabertos
como uma água, e nessa água transluz a sombra.
Os matizes refletem o céu tranquilo.
Mesmo o passo que pisa o lajedo, suave,
quase pisa nas coisas, como o sorriso
que as ignora e perpassa como água clara.
Dentro d'água ameaças furtivas escorrem.
Cada coisa do dia se crispa à idéia
de que a rua, sem ela, seria um vazio.
Cesare Pavese
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6 comentários:
maravilhosas fotos eduardo e um belo poema para completa tenha um bom começo de semana!
BOA TARDE, Eduardo
Essa imagem lembrou-me da passagem em que Jesus chamava os pescadores e dizia para eles que iria torná-los pescadores de homens.
Valeu !
Um ótimo final de domingo e uma semana abençoada para todos,
Fiquem com Deus,
Abraços,
Me senti navegando por esses mares, vendo essas paisagens tão bonitas. A poesia muito bela tambèm.
Abraços e excelente semana.
..que bela maneira esse poeta tem de descrever simples detalhes....muito bom! Boa semana para você. Abços
poema lindíssimo......Parabéns!
Uma semana de amor e paz prá voce.
lindo poema e lindas fotos, onde é essa praia dos ingleses?
beijinhos
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