sexta-feira, 27 de novembro de 2009

É ASSIM O MEU AMOR

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Feito mercúrio apertado
Na palma da minha mão
Escapando entre meus dedos
Se espalhando pelo chão

Feito fogo de cigarro
Aceso na escuridão
É lua cheia escondida
Em noite de cerração

Argila, prata, braseiro
Fogo queimado palheiro
Tempestade em alto mar
Medo de ir embora
Vontade de não ficar

Estrela de muitas pontas
Que não se consegue olhar
Lampejo brilho cegante
Uma dor dilacerante

Lâmina em seda enrolada
Coisa muito complicada
Amarga, doída, doída
É assim o meu amor

Doce como mel de cana
E som de carro-de-boi
Ninguém sabe como é
Nem sei dizer como foi.


(Roberto Júlio de Castro Pinto)

10 comentários:

R.Ferrari disse...

Um poema muito bonito.
fotos lindas de uma Ilha maravilhosa.
Abraços
Bom final de semana.

Sonia Schmorantz disse...

Nossa, amor! Este é um poema maravilhoso, me encanta tuas escolhas!
beijos, te amo

Unknown disse...

Bom dia Eduardo
Valeu ter passado aqui e ter lido:

Argila, prata, braseiro
Fogo queimado palheiro
Tempestade em alto mar
Medo de ir embora
Vontade de não ficar

Gostei bastante

Luísa disse...

Olá, Eduardo!

Ea dualidade entre foto e poesia retrata a tua delicadeza e bom gosto! O efeito final é fantástico!
Beijinho terno!

RETIRO do ÉDEN disse...

Tudo muito belo, mesmo.
Obga. pela partilha.
Um excelente fds.
Fiquem com Jesus, Maria e José
Forte abraço
Mer

Luísa Ataíde disse...

Caro Amigo
Tem um presente neste endereço para vc
http://asincertezasdacor.blogspot.com/
Parabéns por esse monumento visual que é seu blog.
luísa

gaivota disse...

gosto deste mar, gosto deste poema!
bom fim de semana
beijinhos

Meire Jorge disse...

é...não temos a certeza de, praticamente nada....isso nos motiva a desvendar o que há no final do arco-íris....bom final de semana....bj

Martinha disse...

É assim... único!
Gostei do poema! ;)

Beijinho *

Cecília disse...

Que lindo!!!

Tenha um ótimo domingo!
Beijos