sábado, 12 de dezembro de 2009

O ACENDEDOR DE LAMPIÕES.

Clique nas fotos para ver no tamanho real


"Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!

Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita: -
Ele que doura a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!"

- Jorge de Lima -
(1893-1953)

16 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

Que excelente resgate! Este poema é daqueles que a gente interpretava no ginásio, é muito bonito, e continua sendo a realidade, as vezes o que fazemos de bem aos outros, não temos para nós...
beijos, te amo

angela disse...

Este é um lindo poema do Jorge de Lima.
Fotos lindas de um lugar idem.
Bom domingo
beijos

Unknown disse...

Gostei muito deste poema. Fez uma linda escolha e deixa uma mensagem para todos nesta epoca festiva.
=Dar e aceitar=
Quando outros apenas nos poderão dar uma luz no sorriso.

gaivota disse...

que poema interessante!
beijinhos

Daniel Costa disse...

Eduardo

"O Acendor de lampeões", em tempos foi realidade, foi profissão, nos actuais resulta em tema de um interessante poema, cujo final não andará longe da verdade. Encerrá saudade.
Agradecido pelas atenções, fica um abraço.
Daniel

Olhar o mar disse...

Olá Eduardo,
Suas fotos serão o espelho da sua alma e os poemas o sal da sua vida.
Um obrigado por partilhar connosco estes tesouros,
Um abraço de amizade lhes envio, a vc e todos seus queridos, deste outro lado do oceano, sabendo que volta repartida de amizade também.

Cris Animal disse...

Lembrou-me o Pequeno Príncipe e as histórias que quando criança ouvia dos meus avós e tios!

tempo em que o homem tinha tempo para acender os lampiões e olhar a noite!

beijo pra vc

Cris Animal disse...

Lembrou-me o Pequeno Príncipe e as histórias que quando criança ouvia dos meus avós e tios!

tempo em que o homem tinha tempo para acender os lampiões e olhar a noite!

beijo pra vc

Ana Cristina Cattete Quevedo disse...

"Ele que doura a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita."

A verdade nua e crua.

Lindísssimo!

Arantza G. disse...

Bello poema.
Todo un placer pasear por los versos que suenan tan bien.
Besos

Luis disse...

Olá Eduardo, meu Amigo,
Tem graça que ia exatamente referir que ainda não há muito tempo havia esse "acendedor de lampiões" também por estas bandas. E era belo ve-lo a faze-lo, o que deu origem a um poema belo e singelo "cujo final não andará longe da verdade"... como disse Daniel Costa.
Saudações Natalícias.
Luís

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Amigo Eduardo,

Está aqui mesmo antes de mim o meu grande e querido amigo/colega Luís, do Sempre Jovens e da Tulha do Atílio.
Amigo eu acho que já nem lembro do acendedor de lampiões, juro que não sei se alguma vez vi :))

A poesia é linda e as fotos são como sempre maravilhosas.

Abraço

Ricardo e Regina Calmon disse...

lindo poema transcrito,assim como fotos belíssimas,aportar em blog teu,é a vida viver intensamente!

Viva Vida!

te abraço!

Celamar Maione disse...

Vamos acender o amor no coração das pessoas cada vez mais com poesias cheias de esperança....
Boa semana !
bj

MENSAGENS AO VENTO disse...

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O acendedor de lampiões... Fez-me lembrar do "Pequeno Príncipe"!


Bonito esse poema! Obrigada por partilhar conosco...


Essas fotos são lindas! Tenho uma filha que mora aí em Floripa... Conheço toda essa beleza bem de perto!


Beijos no coração!

Zélia (Mundo Azul)

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AFRICA EM POESIA disse...

eduardo
sempre a magia do mar...


deixo com carinho




O DIA LONGO


O novo dia nunca mais chega...
Acordei cheia de impaciência...
Ouvi dizer...
Amanhã é Natal...
É um dia de Amor...
Acordei...
Para ver o que se passaria...
E olhei o céu...
Era igual ao céu de ontém...
E olhei o sol...
Como ontem...
O sol estava escondido...
E fui procurando...

Para mim...
Nada de novo...
Não via o Natal...


A minha casa...
Continuava igual...
As janelas...
Tinham os mesmos vidros...
Velhos e partidos...
A porta...
No fundo...
Com os mesmos buracos...
Onde os ratos
Entravam...
Sem pedirem licença...

Voltei a olhar...

E o Natal...
Afinal onde estava?
Procurei debaixo
Da grande pedra...
Na berma da estrada...
E não encontrei nada...

Depois fui a casa...
E trouxe um pão...
Pão simples, mas bom...
Quando...
Dei uma dentadinha
Com os meus dentinhos...
Pequeninos...
Vi um menino...
Pequenino como eu...
Com os olhos abertos...
A olhar o meu pão...

Nesse momento...
Senti que gostaria...
Que fosse meu irmão...

Peguei no meu pão
Dei-lhe metade...
Demos as mãos...
Caminhamos pela estrada
E
Uns anos mais tarde...
Entendi...
Que nesse dia...
Tinha sido NATAL...

LILI LARANJO