segunda-feira, 15 de março de 2010

NÃO ME PEÇAM RAZÕES . . .

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Não me peçam razões, que não as tenho,
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.

Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.

Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.

José Saramago

3 comentários:

RETIRO do ÉDEN disse...

Bem escolhido este poema.
Fotos muito belas.
Abraço
Mer

Ângela disse...

Oi Eduardo!!!
"Somos viajantes do tempo,
dentro de uma vida situada em algum ponto
entre o nascer e o infinito,
somos atores em papéis diferentes,
cada um com suas dificuldades, lutas e desafios."
Desejo à você uma ótima semana,
cheia de possibilidades...
Beijinhos
Ângela Guedes

AMARIS disse...

José Saramago, é simplesmente grandioso! Amigo, voce tem sempre muito bom gosto em tudo o que voce posta.

Grande abraço,
Damáris