Houve um poema, entre a alma e o universo.
Não há mais. Bebeu-o a noite, com seus lábios silenciosos.
Com seus olhos estrelados de muitos sonhos.
Houve um poema: Parecia perfeito.
Cada palavra em seu lugar,
como as pétalas nas flores e as tintas no arco-íris.
No centro, mensagem doce e intransmitida jamais.
Houve um poema: e era em mim que surgia, vagaroso.
Já não me lembro, e ainda me lembro.
As névoas da madrugada envolvem sua memória.
É uma tênue cinza. O coral do horizonte é um rastro de sua cor.
Derradeiro passo. Houve um poema.
Há esta saudade. Esta lágrima e este orvalho – simultâneos -
que caem dos olhos e do céu.
(Cecília Meireles)
5 comentários:
precioso poema y no menos preiosas las fotografias,,hace mucho que no nos vemos,,ha sido un placer venir a saludarte
nu abrazo
Marina
Linda escolha Eduardo.
Sempre vai haver um poema...
onde existir um coração sensivel e olhos que enxergam alem do se vê...
Beijinho de saudade.
És precária e veloz, Felicidade.
Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo,
e, para te medir, se inventaram as horas.
Cecilia Meireles
Beijos de coração prá coração!! M@ria
Que poema tão lindo!!!!
Não conhecia este tesouro da Cecília!
Um abraço embrulhado em brisas de ternura
O amor é o verdadeiro poema, escondido nas delicadas entrelinhas...
Cecilia Merireles sempre terna.
Abraços e boa semana Eduardo.
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