Venho de longe, trago o pensamento
Banhado em velhos sais e maresias;
Arrasto velas rotas pelo vento
E mastros carregados de agonias.
Provenho desses mares esquecidos
Nos roteiros de há muito abandonados
E trago na retina diluídos
Os misteriosos portos não tocados.
Retenho dentro da alma, preso à quilha
Todo um mar de sargaços e de vozes,
E ainda procuro no horizonte a ilha
Onde sonham morrer os albatrozes...
Venho de longe a contornar a esmo,
O cabo das tormentas de mim mesmo.
Paulo Bomfim
Banhado em velhos sais e maresias;
Arrasto velas rotas pelo vento
E mastros carregados de agonias.
Provenho desses mares esquecidos
Nos roteiros de há muito abandonados
E trago na retina diluídos
Os misteriosos portos não tocados.
Retenho dentro da alma, preso à quilha
Todo um mar de sargaços e de vozes,
E ainda procuro no horizonte a ilha
Onde sonham morrer os albatrozes...
Venho de longe a contornar a esmo,
O cabo das tormentas de mim mesmo.
Paulo Bomfim
4 comentários:
Boa noite amigo, deixo um tapinha nas costa e digo, entendo, como entendo, que nos resta, sonhar e ter paciencia... dias melhores viram.Peoque o sol nas ce mesmo para todos. bjs.
Olá Eduardo!
Linda postagem...fotos e soneto um
prefeito casamento!!!
Abraço,
Lourenço
"Venho de longe a contornar a esmo,
O cabo das tormentas de mim mesmo."
Muitas vezes achamos que as tormentas estão fora, quando na verdade encontram-se todas dentro de nós.
Que profundo este poema.
Um beijinho, amigo
Os blogs vão sendo tanto que a gente não consegue vir sempre comentar, mas sempre que posso passo por aqui, porque gosto muito dos poemas que sensibilizam os dias.
*
e a beleza do longe,
tão perto de ti está !
,
saudações,
,
*
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