Lá em cima, no ar
Sobre a monotonia destas casas
Sulcando, sereníssimas, os céus,
Abrem a larga rima das suas asas,
Lenços brancos do azul, dizendo adeus
Ao vento e ao mar.
Sobre a monotonia destas casas
Sulcando, sereníssimas, os céus,
Abrem a larga rima das suas asas,
Lenços brancos do azul, dizendo adeus
Ao vento e ao mar.
Eu fico a vê-las
E meus olhos, de as verem, vão partindo
E fugindo com elas;
E a segui-las eu penso,
Enquanto o olhar no azul se espraia e prega,
Que há uma graça, que há um sonho imenso
Em tudo o que flutua e que navega…
E meus olhos, de as verem, vão partindo
E fugindo com elas;
E a segui-las eu penso,
Enquanto o olhar no azul se espraia e prega,
Que há uma graça, que há um sonho imenso
Em tudo o que flutua e que navega…
Para onde se desterram as gaivotas,
Contra o vento vogando, altas e belas,
Essas voantes e pairantes frotas,
Essas vivas e alvas caravelas?
Contra o vento vogando, altas e belas,
Essas voantes e pairantes frotas,
Essas vivas e alvas caravelas?
Vão para longe… E lá desaparecem,
Ao largo, por detrás do monte;
E os nossos olhos olham e entristecem
Com as vagas saudades que merecem
As coisas que se somem no horizonte!
Ao largo, por detrás do monte;
E os nossos olhos olham e entristecem
Com as vagas saudades que merecem
As coisas que se somem no horizonte!
Afonso Lopes Vieira
6 comentários:
Excelente a escolha do poema e das fotos.
Um abraço
Amigo Eduardo,
De volta de férias eis-me nas visitas aos amigos e verifico que o meu bom amigo continua na senda de bons poemas e boas fotografias! E eu que gosto tanto do Mar...
Um abraço amigo.
Parabéns, bela foto da garça com o peixe no bico, excelente, abraços e um ótimo final de semana para vc e os seus, fiquem com Deus...
Meu amigo Eduardo, esta primeira foto é uma pintura. Arte, pura arte! Abração
Rapaz! A terceira é melhor ainda!!!
Belíssimas fotos as tuas Eduardo, como sempre. A escolha do poema tão condizente com esse paraíso e a nostalgia da contemplação do horizonte.
Beijos
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