Estive sempre sentado nesta pedra
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração magoado.
(Porque o amor, perdoa dizê-lo,
dói tanto! Todo o amor.
Até o nosso,tão feito de privação.)
Estou onde sempre estive:
à beira de ser água.
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio.
Eugénio de Andrade
Foto Lagoa da Conceição
Eduardo Poisl
9 comentários:
Eduardo
Um belo poema da lavra de mestre Eugénio de Andrade, escritor de enorme talento, pelo que nem saberia ter pensamentos menos bons.
Agradeço atenções.
Daniel
Realmente, o amor às vezes dói!
boa semana!
beijos
Mto lindo o poema!
Tenha uma ótima semana qerido..
Bjinhs =D'
Eduardo. O Eugénio de Andrade...adoro as suas palavras e pensamentos,e ficam bem nesta paz de águas mansas que são o teu blog.
Beijinho fica bem em paz.
Lisa
...agua,tranquilidad,paz y rincon para vivir en la calma de la soledad compartida siempre, desde mi alma a la tuya jose ramon...---
Começar ou terminar o dia por aqui está a tornar-se um bom hábito
:)
Boa semana
Sentar na pedra e escutar o silêncio!!
Isso é maravilhoso!
Vir a esta página repleta de poesia e bom gosto só faz bem...
Obrigada pelo carinho de sempre...tenha uma ótima semana!
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