terça-feira, 13 de julho de 2010

CAMINHOS

Descobre-se o caminho pelo verde das árvores
pela toca onde hiberna o réptil,
uma aldeia nua num deserto
de árvores do deserto.

Sobe-se pelas suas vertigens,
o lugar onde colocamos o impulso do sangue,
as aranhas que temos no sítio da alma.

Por fim assentamos a flor dos pés na terra
para lermos, na obscuridade, sobre o chão,
o ruído de todas as coisas.

Vieira Calado 
 

3 comentários:

RETIRO do ÉDEN disse...

VCalado...uma beleza escolhida para complementar estas lindas fotos.
Essa cadeira é lindíssima, obga. pela partilha.
Forte abraço
Mer

in natura disse...

Vieira Calado não se cala. Eta poeta bom demais da conta sô. As tuas fotos são o máximo Eduardo. Parabéns outra vez. beijuss

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Eduardo
Sempre belos os poemas de Vieira Calado...adoro o sua poesia.

beijinhos
Sonhadora