sábado, 4 de dezembro de 2010

MÃOS NO VENTO



Trago no afago do vento,
perfumes das auroras,
renuncias das lembranças 
que foram embora

Meu horizonte é muro sem vigias
composto de malhas
que fenecem em suas falhas,
como o céu que se aprofunda
num passado que se arrasta noite a fora.

Quando tudo é tão tudo
e ao mesmo tempo é nada,
equilibro a rebeldia do tempo,
no consumo das horas
onde minha alma se reveste de paz

Conceição Bentes
 

4 comentários:

Serena Flor disse...

Este poema é maravilhoso...obrigada por compartilhar esta maravilha meu amigo!
Um grande abraço e boa semana!

Penélope disse...

E quando colocamos as nossas mãos ao vento podemos tocar o IMPOSSÍVEL, meu amigo...
Belo poema!

Anônimo disse...

"Eu te recebo de pés descalços: esta é minha humildade e esta nudez de pés é a minha ousadia."

(Clarice Lispector)

Tem selinho pra voce......Beijos!! M@ria

Luis disse...

Meu Bom Amigo Eduardo,
Belas fotografias como é costume a acompanhar um belo poema!
Sempre que aqui venho saio mais enriquecido! Obrigado!!!
Um abraço muito amigo.