quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

NAVEGAR EM TEU CORPO

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Eu quero navegar assim,
Sentir o êxtase na alma
E morrer afogado assim,
No prazer íntimo
E suave do teu corpo...

Eu quero navegar assim
Em teus mares,
E descobrir os teus horizontes
No tresvario das ondas do teu corpo
Redolente, que induz ao clímax
Do amor ardente, em eternos ares...

Quero mergulhar
Nas profundezas do teu ser,
E tua beleza emergir
Para a atmosfera do amor
Onde nos encontramos sem dor,
E entre suspiros e murmúrios
Entregarmos-nos, para sermos um só...

Quero olhar em teus olhos,
Suaves, melindrosos,
Navegar em teu corpo
Com os meus dedos de afago,
Sentir tremer o teu corpo
Em uma nova explosão de amor,
E agarrar-te como um naufrago...

Para navegar assim,
Nas águas serenas do teu mar,
Ancorar no triângulo desta perdição
E deixar desaguar em nós
As águas de todos os mares,
Em gotículas de suor
Em nossos corpos efeverecentes
Nesta mesma emoção...

E no bálsamo desta navegação,
Deixemo-nos navegar na calmaria
Destas ondas, e no marulho de um beijo,
Deixe que sejamos tragados
Para o íntimo deste infinito mundo
Que é o amor que temos para amar...
Eternamente amar...

Nivaldo Ferreira

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

NÃO ME ESQUEÇA

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Por favor, não me esqueças,
Só porque o mundo gira e rola,
As aves evadem-se para Norte
E as flores recolhem-se, no silêncio..
Por favor, não me esqueças,
Nem quando a lua se esconde, no céu,
E as nuvens viajam, clareadas,
Na noite que desce sobre nós.
Por favor, não me esqueças,
Até que eu chegue ao sol poente
E me volte para ti, acenando,
Suba o arco-iris, cantando,

E desapareça na névoa e no mar..
Só, então, sim, tu podes, tu deves
Esquecer-me. Não serei mais
Que uma onda de espuma
Banhando a areia.

ILona Bastos

MADRIGAL MELANCÓLICO

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O que eu adoro em ti
Não é sua beleza
A beleza é em nós que existe
A beleza é um conceito
E a beleza é triste
Não é triste em si
Mas pelo que há nela
De fragilidade e incerteza
O que eu adoro em ti
Não é a tua inteligência
Mas é o espírito sutil
Tão ágil e tão luminoso
Ave solta no céu matinal da montanha
Nem é tua ciência
Do coração dos homens e das coisas
O que eu adoro em ti
Não é a tua graça musical
Sucessiva e renovada a cada momento
Graça aérea como teu próprio momento
Graça que perturba e que satisfaz
O que eu adoro em ti
Não é a mãe que já perdi
E nem meu pai
O que eu adoro em tua natureza
Não é o profundo instinto matinal
Em teu flanco aberto como uma ferida
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza
O que adoro em ti lastima-me e consola-me
O que eu adoro em ti é a vida!

Manuel Bandeira

domingo, 14 de fevereiro de 2010

FLORBELA ESPANCA

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1º Poema: Vozes Do Mar

Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d’oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?...

Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?

Tens cantos d'epopeias?Tens anseios
D'amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestade?!

Donde vem essa voz,ó mar amigo?..
... Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!

Florbela Espanca

2º Poema: A nossa casa

A nossa casa, Amor, a nossa casa!
Onte está ela, Amor, que não a vejo?
Na minha doida fantasia em brasa
Costrói-a, num instante, o meu desejo!

Onde está ela, Amor, a nossa casa,
O bem que neste mundo mais invejo?
O brando ninho aonde o nosso beijo
Será mais puro e doce que uma asa?

Sonho... que eu e tu, dois pobrezinhos,
Andamos de mãos dadas, nos caminhos
Duma terra de rosas, num jadim,

Num país de ilusão que nunca vi...
E que eu moro - tão bom! - dentro de ti
E tu, ó meu Amor, dentro de mim...

Florbela Espanca
Imagens Eduardo Poisl

sábado, 13 de fevereiro de 2010

AGORA É CARNAVAL

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Agora tudo que se vê
são corações pulsando como bateria.
Vem para misturar o juízo,
para disfarçar a solidão
no bloco da eterna esperança.
Fantasias e ilusões,
onde estrelas são confetes
e o carnaval também se faz poesia.
Vem o carnaval escondendo a tristeza
atrás de máscaras coloridas,
fascinio alucinante de liberdade,
que rompe os laços e
num passe de magia transforma
gente comum em reis e rainhas.
Olhando de longe as alegorias
o mundo agora é uma fantasia, e
Em meio à explosão do ritmo,
do perfume, suor e alegria,
desfila agora o bloco das letras,
tamborilando esta patética poesia.

Sônia Schmorantz

FOTOS CARNAVAL NO MAR

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

CARNAVAL E POESIA

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Nesse carnaval vou me fantasiar de poetisa.
Uma caneta na mão e uma folha branca.
O Samba Enredo vai se chamar Emoção.
O nome da escola Unidos do Recanto.

Mestre sala o Poeta, Rainha a Palavra.
No cortejo vão sair trovas, versos e contos.
A fantasia vai dar o toque e certamente vai
tirar 10.

Frases serão as serpentinas no ar.
A bandeira multicor, o som no tom
junto aos duplix e triplix.

Amizade, amor, saudade vão sair num bloco só.
Vistam suas fantasias e colem no papel.
O Brasil todo vai ser um bloco na mesma sintonia
no mesmo céu.

Carnaval vai ser o encanto anunciado e letrado
na palavra em sol maior.

Yara Corrêa Picardo

Um presente que ganhei do blogger Maria Maria
http://www.marialbozolipoesias.blogspot.com/
FELIZ CARNAVAL A TODOS AMIGOS

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

VEM O DIA

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Vem o dia surgindo preguiçoso
A claridade empurrando as brumas
Que ainda cobrem a montanha.
Foge a noite com seu manto
Para um lugar indefinido.
Fazendo abrir as flores sonolentas
Que ainda sugam o néctar coletado
Nas gotas de orvalho
Da madrugada fria.
A lua num gesto de orgulho
Reluta em ceder seu lugar ao sol.
Vem a brisa...
Percorre a superfície de seda do lago
Eriçando as pequenas ondas
Sopra suavemente, causando arrepios
Na copa das árvores.
E no seu ímpeto de espalhar o amor
Cria movimento.
Acorda o mundo.
Faz tremular a chama da vela
Na cabana do pescador.
É hora de despertar.
Vem Amanhecer !
Vem Brisa !
Juntos criem a vida
Façam a poesia acontecer.

~ Almir Capthor ~

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

COMO UMA ILHA

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Banhas-me assim
Em ondas de amor morno
Passadas que são as marés vivas
E as tempestades da paixão
Um dia dirás de mim ter sido ilha
Fechada entre as brumas e o mar
Guardando segredos quietos
Caladas crateras de alma
Que só conseguiste espreitar
Porque as ilhas vivem dentro delas
E ao mar entregam toda a solidão
Banham-se nas ondas de amor terno
Morno
Na praia esperam a volta da maré.

http://vidadevidro.blogspot.com

Amigo e seguidores da Sônia, UM VENTO NA ILHA.
Venho aqui avisar que infelizmente o meu amor não esta postando devido há uma virose, febre e um mal estar, então nada melhor que um bom descanso, tenho certeza que ela volta em breve com suas belas postagens.

POSSO ESPERAR

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Posso esperar
que seus lábios sintam
a falta dos meus
na embriaguez da alma
que chora
a presença de um querer
nos dias longos
e noites sem fim
Posso esperar
que seus olhos inquietos
me busquem
na imensidão dos céus
num sonho de amor
num desejo insano de querer
Posso esperar
que seu corpo busque o meu
nos mais loucos delírios
que sufocam gemidos
no desvario que revela frenesi
Posso esperar aflorar
o sorriso pacificado de quem
nos resíduos do tempo
já sem beira
busca implicitamente
um porto para ancorar
Posso esperar
que desperte da lassidão
que lhe devorou os melhores anos
percebendo assim, que
perdeu o controle da vida
na insensatez do repente e,
com o intento excêntrico
de se encontrar...
venha me procurar.
Posso esperar
Exauriu-se a pressa...
Posso esperar.

Elizabeth Misciasci

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ALEGORIA

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Em vão busco acender um diálogo contigo:
a alma sem tom da tua boca de água e vento
despede cinza, névoa e tempo no que digo,
devolve ao chão o meu mais longo pensamento,

e entre cactos estira esse deserto ambíguo
que vem da tua altura ao vale onde me ausento,
procurando o teu verbo. O silêncio, investigo-o,
e ouço o naufrágio, o vácuo e o deperecimento.

Sonho: desces a mim de um céu de algas e rosas,
falas às minhas mãos vozes vertiginosas,
e palavras de flor no teu cabelo enastro.

Desperto: pairas ainda em silêncio e infinita:
meu ser horizontal chora treva e medita
tua distância, teu fulgor, teu ritmo de astro.

Abgar Renault

SAUDADES

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De quem é esta saudade
que meus silêncios invade,
que de tão longe me vem?

De quem é esta saudade,
de quem?

Aquelas mãos só carícias,
Aqueles olhos de apelo,
aqueles lábios-desejo...

E estes dedos engelhados,
e este olhar de vã procura,
e esta boca sem um beijo...

De quem é esta saudade
que sinto quando me vejo?

Gilka Machado

sábado, 6 de fevereiro de 2010

EM VIAGEM!!!

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Nas cinzas caídas de um toque,
aquele em que a minha mão se estende
e percorre o teu rosto.
aquele em que o meu olhar se perde
e mergulha no teu olhar.
aquele em que os meus lábios se diluem
e nadam no teu corpo.

nas amarras esquecidas de um beijo,
aquele que não se esquece, o primeiro
e que navega pelas memórias da paixão
aquele em que os nossos lábios se entregam
e desnuda os nossos corpos
aquele que apazigua os nossos desejos
e revela o nosso amor!

ai! fossem essas cinzas as tuas mãos
ai! fossem essas amarras um abraço!
que me fizessem sentir-te aqui
nesta trémula viagem
em que percorro os sonhos
num barco de papel!

Bruno Ribeiro

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O MAR E O SONHO

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O mar azul que tanto me fascina
Que me traz à vida novas cores
Alenta meu coração sofrido
A sonhar novos amores.

Que imensidão profunda
Esse mar, abismo de saudade
Que me confunde a lembrança
Entre a mentira e a verdade.

Sonho com a alma de poeta
Que vive cada sonho em agonia
Esperando em seu sonho triste
Algum momento de alegria.

E de sonho em sonho volitando
Entre nuvens de pensamentos
Busco a verdade escondida
Dentro dos meus sentimentos.

Queira Deus que nunca me canse
De sonhar esperando coisas novas
Vivendo a cada dia a emoção
Que em minh’alma se renova!

(Maria Rita Bomfim)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A ROSA E O MAR

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Linda doçura de gosto refinado
embelezas minha estrada, o meu caminho
com teus leves "insites" amalgamados
de amor, de ternura e de carinho.

Tuas palavras acariciam o meu ego,
teus versos me revelam o lado lindo,
tua sutileza me envolve e me desprego
das amarras da vida e do destino.

Pena não poder todo dia estar contigo
trocando nossos versos e desatinos,
mas saiba que tens aqui um ser amado

Para fazer valer teus sonhos lindos...

Finalmente, penso em você à luz da lua
deitada naquele barco que vem vindo,
naquela praia que sempre foi tua
esperas... o meu amor que vem surgindo!

Flávio
http://www.laurapoesias.com

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

HOJE

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Hoje vou ser rei do meu destino
ser príncipe,de coisa nenhuma
andar, sobre as ondas do mar
e dissolver-me na sua espuma
hoje vou ser, poeta sem palavras
águia sobrevoando,vales e montes
ser pintor sem telas nem pincéis
vou ser paisagem sem horizontes
vou caminhar pela estrada do tédio
para inventar uma nova esperança
construir pontes e destruir medos
fazer de cada tempestade a bonança
vou fazer do tempo um espaço a dois
onde aconchegaremos as desavenças
esconderei os prantos no meio da noite
seremos iguais nas nossas diferenças

MPereira
http://rimasinconsequentes.blogspot.com/

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

LUZ INTERIOR

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Não deixe que tua luz se apague sem fazer nada
Alimente-a com poesias,bondade e coisas belas
Perceba que esta luz que ilumina a tua estrada
por menor que seja é como uma linda estrela

Um farol a te guiar pela noite insone e escura
Não a deixe finar-se num momento de tristeza
Ela é perene e brilha até mesmo na amargura
Ou em estágios de dor onde grita a incerteza.

Deves cuidar que não se afaste de tua alma:
O poder da Fé,do amor e da justiça inabalada.
O ideal e a vontade que não carecem de calma

Esta chama interior que em teus olhos viceja
Nunca a destrua pois só a ti foi destinada.
E cabe a ti cuidar que permaneça acesa.

-Helena Frontini-

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ORAÇÃO NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES



" Ó Nossa Senhora dos Navegantes, Mãe de Deus, criador do
céu, da terra, dos rios, lagos e mares, protegei-me em todas as
minhas viagens. Que ventos, tempestades, borrascas, raios e
ressacas, não perturbem a minha embarcação e que monstro
nenhum, nem incidentes imprevistos causem alteração e atraso
à minha viagem, nem me desviem da rota traçada. Virgem Maria,
Senhora dos Navegantes, minha vida é a travessia de um mar
furioso. As tentações, os fracassos e as desilusões são ondas
impetuosas que ameaçam afundar minha frágil embarcação no
abismo do desânimo e do desespero. Nossa Senhora dos Navegantes,
nas horas de perigo eu penso em vós e o medo desaparece; o ânimo
e a disposição de lutar e de vencer tornam a me fortalecer. Com a
vossa proteção e a bênção de vosso filho, a embarcação da minha
vida há de ancorar segura e tranquila no porto da eternidade.
Nossa Senhora dos Navegantes, rogai por nós."

Fiz estas fotos no domingo quando fui na procissão da nossa senhora.
Abraços com todo meu carinho