
Frágil e palpitante luz
A beleza é feita de ternos murmúrios
A voz quebra a quietude do silêncio
A chuva leva a terra ao encontro dos rios
Não há fracassos no sonho
Caminhei nas nuvens para te ver do alto
Abri os braços ao relâmpago
Desci à terra, senti nos pés o frio basalto
Incessantes são as marés
Olhos sitiados no caminho
Não é o temor que me aflige
Apenas o lado escuro do destino
Dancei com a verdade da terra
Ergui-me nu ao vento
Fundi-me com o sol
Parei o tempo por um momento
Percorri cada caminho que me encontrou
Sempre contigo no fundo de mim
Arranquei à terra maduros sonhos
Confundi o princípio com o fim
Subi com o olhar o voo dos pássaros
Embriaguei-me na minha solidão
Matei a sede com o frescor das hortênsias
Afastei o acaso, aprisionei a razão
Depositei as minhas súplicas
No espelho de uma lagoa azul
Não sei que caminhos trilhei
Na incessante procura do sul
Escutei o pranto e o riso
É sinuosa a viagem da paixão
Indomável é a vontade do amor
No querer há tanta contradição
Porque na terra o tempo continuará a existir
O pão e o louvor estarão em todos os destinos
Um espesso tapete de folhas molhadas
Pintam a indecisão de…Dois Caminhos…
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